No dia 17 de maio de 2023, a organização PEN America, que defende a liberdade de expressão, e a editora Penguin Random House, juntamente com pais de alunos e escritores, entraram com uma ação judicial contra o distrito escolar do condado de Escambia, na Flórida, devido à remoção ou restrição de acesso a certas obras literárias. O processo alega que as restrições e remoções de livros afetaram de maneira desproporcional obras escritas por ou sobre pessoas negras e LGBTQIA+, violando as Primeira e Décima-Quarta Emendas da Constituição dos Estados Unidos, que garantem a liberdade de expressão e igualdade entre os cidadãos.
Nos últimos meses, houve um aumento no veto a centenas de livros nas escolas americanas, como resultado de uma guerra cultural entre os segmentos conservadores e progressistas da sociedade, também conhecida como 'woke' (Desperto, em tradução livre). Grupos como Moms of Liberty (Mães da Liberdade) lideram essas iniciativas, buscando dar maior controle aos pais sobre a educação de seus filhos.
No estado da Flórida, o governador Ron DeSantis tem apoiado leis que facilitam a proibição de determinadas obras, restringindo o ensino de temas relacionados à orientação sexual, identidade de gênero e questões raciais. Os autores da ação exigem que o distrito escolar de Escambia reintegre os 10 livros removidos e bloqueie o veto a outros 150 que estão sendo investigados.
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Nihar Malaviya, diretor-geral da Penguin Random House, afirmou em comunicado que a censura, na forma de proibições de livros como as promulgadas pelo condado de Escambia, representa uma ameaça direta à democracia e aos direitos constitucionais.