O debate contou com a presença da tenente-coronel Cláudia Kuchenbecker, comandante do Batalhão de Polícia de Trânsito de Belo Horizonte (BPTran); Allana Corrêa, professora adjunta de enfermagem da UFMG; Erika Cabral, coordenadora Regional do DER-MG, em Pirapora; Roberta Torres, especialista em gestão de segurança e educação para o trânsito e Jussara Bellavinha, membro titular da Câmara Temática do Pnatrans/Contran e coordenadora do projeto Vida no trânsito da BHTrans.
O evento trouxe à tona questionamentos sobre o comportamento masculino no trânsito — que por muitas vezes é imprudente ou até mesmo agressivo — além de refletir a respeito da desconfiança da competência técnica de mulheres que trabalham no trânsito, ocupando postos comumente associados a figuras masculinas:
“Essa desconfiança que alguns homens sentem ao verem mulheres ocupando certos postos faz com que elas exijam muito de si mesmas, para que sejam as melhores e possam provar a sua competência” Comenta Rosely Fantoni, coordenadora da Educação para o Trânsito do DER-MG e responsável pela programação das atividades do Maio Amarelo 2023.
‘Só podia ser mulher’: os números comprovam a prudência feminina
Apesar de serem constantemente taxadas de ‘motoristas ruins’ e alvos de piadas machistas, os dados provam que, na verdade, as mulheres dirigem melhor e com maior prudência que os homens.
Conforme dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em 2022 foram registrados 99.311 condutores envolvidos em sinistros de trânsito — ou seja, qualquer ocorrência que resulte em dano material, lesão corporal ou morte no trânsito — dos quais 12% dos condutores eram mulheres e 88% eram homens.
“Os números mostram que o maior número de acidentes acontecem com os homens, mas é até uma questão da nossa criação, né? Quando se trata de cuidado, de prudência, e as estatísticas comprovam isso” Disse a tenente-coronel Cláudia Kuchenbecker, comandante do BPTran e palestrante do evento.
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie
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