A ex-zagueira revelou que ela e suas colegas da seleção tiveram que mostrar a genitália a um médico da equipe para provar que eram mulheres durante a Copa do Mundo de 2011 na Alemanha. Nilla, que se despediu do futebol no ano passado, é uma das participantes do Let's Dance 2023, versão sueca da Dança dos Famosos, transmitida pela TV4.
Ela tem se dividido entre os ensaios e competições com as viagens pelo país para o lançamento de "I Didn't Even Say Half Of It" -Eu Nem Disse Metade Disso- em tradução livre. Na publicação, ela detalhou que uma fisioterapeuta conduziu os "exames invasivos" em nome de um médico da equipe.
"Fomos informados de que não deveríamos raspar 'lá embaixo' nos próximos dias e que mostraríamos nossa genitália ao médico", começou no relato. "Pensamos: 'Por que somos forçados a fazer isso agora? Deve ter outras maneiras de provar o gênero? Devemos recusar? Mas, ao mesmo tempo, ninguém queria arriscar a oportunidade de jogar uma Copa do Mundo. Tem que fazer, não importa o quão doente e humilhante pareça", lembrou a atleta que se aposentou da seleção sueca no ano passado.
Nilla reconheceu que, na época, não ficou muito claro o motivo pelo qual as jogadoras precisavam mostrar suas partes íntimas quando outros tipos de teste poderiam ter sido usados para determinar o gênero por meio do DNA. "Eu entendi o que tinha que fazer e rapidamente abaixei a calça e a calcinha de treino", disse em um dos trechos publicados pelo jornal NY Post.
"O fisioterapeuta acena com a cabeça e diz: 'Sim', e então olha para o médico, que está de costas para a minha porta", descreveu em outro trecho. "Quando todas em nossa equipe são examinadas, ou seja, têm suas vaginas expostas, nosso médico da equipe pode assinar que a seleção sueca de futebol feminino é composta apenas por mulheres".
De acordo ainda com o NY Post, os testes de gênero foram conduzidos após alegações da Nigéria, África do Sul e Gana de que os membros da seleção da Guiné Equatorial incluíam três homens, Genoveva Anonma, Slimata Simpore e Biliguisa Simpore. Mats Börjesson, médico da seleção sueca em 2011, disse na ocasião, que a Fifa teria exigido os exames.