A Recording Academy, que organiza o evento, anunciou na última terça-feira (14), que o Grammy 2024 contará com novas categorias, e uma delas é inteiramente dedicada à música africana, assim valorizando as expressões culturais únicas do continente.
Em suas redes sociais, a Recording Academy afirmou que seu objetivo é “reconhecer e homenagear o que há de melhor na música de todo mundo, todos os anos nos esforçamos para representar e celebrar com precisão as várias culturas, influências e gêneros que moldam o nosso mundo e fornecem a trilha sonora de nossas vidas”.
A Academia tenta abrandar as críticas de que a premiação não é inclusiva.
A pesquisa “Black Artists on the Charts & Nominees at the Grammys”, realizada pela CNN, evidenciou a falta de artistas negros na premiação. De 2012 à 2020, apenas 38% de todos indicados eram negros. Durante esse mesmo período, artistas negros representaram apenas 26.7% das indicações das categorias mais importantes — que incluem Álbum do Ano, Gravação do Ano, Música do Ano e Artista Revelação.
Em 64 anos de premiação, apenas 11 artistas negros levaram o prêmio mais importante da noite, a categoria Álbum do Ano. O primeiro negro a ter seu álbum premiado foi Stevie Wonder, por Innervisions, em 1974.
O último negro a vencer nesta categoria foi Jon Batiste, pelo álbum ‘We Are’, de 2021.
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.