Um homem negro, estudante do Instituto Federal do Acre (Ifac) e auxiliar administrativo em uma empresa prestadora de serviço do governo, acusa policiais militares de racismo e agressão após ser preso na tarde de quinta-feira (15) em Rio Branco. O homem estava com a esposa e duas filhas, uma de 1 ano e 11 meses e outra de 8 anos, quando três policiais militares o abordaram.
Leia Mais
Ciclone deixa rastro de mortes e destruição no Rio Grande do SulMulher denuncia assédio de vizinho com faixa em janela de apartamentoMulher morre em consultório médico durante procedimento cirúrgicoNova Zelândia relata racismo de rival e abandona amistoso com QatarVini Jr. diz que seu amigo foi 'humilhado' e cobra imagens de segurançaO estudante conversou com a imprensa na sexta-feira (16) e afirmou ter sido vítima de racismo e agressão. Ele relatou que não foi a primeira vez que passou por situações semelhantes. O homem estava na praça com a família quando a filha mais nova se assustou com um cachorro e começou a chorar. Ao tentar se afastar das duas, ele foi empurrado e caiu, momento em que começou a ser sufocado.
Segundo o estudante, os policiais não se identificaram e ameaçaram usar spray de pimenta nas filhas e outras crianças presentes na praça. A esposa dele também teria sido insultada. Ele afirma que os PMs não encontraram nada ilegal com ele e foi liberado da Delegacia de Flagrantes (Defla) ainda na quinta-feira, após um advogado da família comparecer ao local.
O homem pretende denunciar os militares na Corregedoria da Polícia Militar e fazer exame de corpo de delito na segunda-feira (20). Ele também pretende denunciar internautas que afirmaram que ele foi preso por usar drogas perto das filhas e resistir à prisão, o que ele nega. O estudante busca provar sua inocência e lutar contra a difamação sofrida.