A ministra Guajajara viajou com uma delegação composta por Ceiça Pitaguary, Secretária de Gestão Ambiental e Territorial Indígena; Marcos Kaingang, Diretor de Mediação e Conciliação de Conflitos Fundiários Indígenas e Joênia Wapichana, Presidenta da Funai. A visita tem como objetivo participar do Marco de Resistência do Povo Pataxó e avaliar pessoalmente as zonas de tensão na área. A Bahia foi identificada como o segundo estado com maior número de violências contra povos tradicionais em 2022.
Durante sua estadia, que terminará na terça-feira (20), Guajajara tem planos de visitar as aldeias indígenas de Barra Velha e Cumuruxatibá, locais que têm sofrido com episódios de violência ligados a disputas territoriais.
No início deste ano, um gabinete de crise foi estabelecido para monitorar a situação de conflitos territoriais no extremo sul da Bahia, após a morte de dois membros da tribo Pataxó. Essas mortes ocorreram enquanto os indivíduos, de 17 e 25 anos, se deslocavam do povoado de Montinho para uma fazenda ocupada por seu grupo.
O gabinete tinha representantes de várias instituições, incluindo o Ministério dos Povos Indígenas, a Funai, o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a DPU, o MPF, o CNDH e a APIB. Apesar de originalmente planejado para durar 60 dias, o prazo foi estendido em 45 dias adicionais. Agora, a visita de Guajajara tem como objetivo avaliar a situação atual da região junto às comunidades indígenas.