A decisão da Secretaria Municipal de Cultura de SP de retirar as faixas no dia 14 deste mês espantou ativistas da causa e integrantes do Municipal e gerou uma crise interna.
O retorno foi articulado pela Coordenação de Políticas para LGBTI+, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania. A coordenadora da pasta, Leonora Áquilla, afirma à coluna que procurou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) pessoalmente e explicou a importância da data.
Ele, então, teria dado o aval. As bandeiras ficarão expostas apenas na quarta (28) e serão retiradas no dia seguinte.
Na época do episódio, funcionários do complexo cultural, artistas e apoiadores da causa LGBT+ realizaram um abaixo-assinado e classificaram a iniciativa, e a forma como a bandeira foi retirada, como "um ataque".
O texto dizia que funcionários da Fundação Theatro Municipal pediram a retirada da bandeira "sem oferecer nenhuma justificativa". Em uma troca de emails, a Sustenidos, organização social que tem contrato com a Fundação para administrar o teatro, afirmou discordar da iniciativa.
A Sustenidos disse, em nota enviada à coluna, que a bandeira foi retirada "pela equipe da Fundação Theatro Municipal [ligada à secretaria de Cultura], sem concordância da Sustenidos".
A Secretaria Municipal de Cultura afirmou que a remoção da bandeira "se deu pelo fato da rotatividade das atividades do espaço, sendo necessárias alterações constantes em sua fachada, propiciando assim o regular andamento das atividades".
O episódio fez com que a Bancada Feminista, mandato coletivo do PSOL na Câmara de São Paulo, protocolasse uma ação popular na Justiça de São Paulo pedindo que a Fundação Theatro Municipal voltasse a erguer as bandeiras.