Jornal Estado de Minas

DIVERSIDADE

Caminhoneiro que chamou mulher de 'tiziu e macaca' é solto

Mais um caso de injúria racial está sendo investigado pela Polícia Civil. Desta vez, a vítima é Marielle Marlan, assessora da vereadora Moara Sabóia (PT), em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ela foi chamada de 'tiziu e macaca' pelo  caminhoneiro Fabiano Araújo Duarte, que foi preso em flagrante, depois que a vítima o seguiu até a garagem da empresa onde ele trabalha. Apesar do crime ser inafiançável, o caminhoneiro foi solto depois de prestar depoimento.






Segundo Marielle, ela ia para o trabalho em seu carro, quando levou uma fechada do motorista do caminhão. “Parei num sinal e o motorista desceu da cabine do caminhão e veio em minha direção, se aproximou da janela e começou a fazer ofensas racistas. Depois disso, quando comecei a questioná-lo, ele saiu, apressado e voltou para o caminhão.”

 

Diante da situação, Marielle deixou que o caminhão seguisse seu caminho e começou a segui-lo, até a garagem da empresa S/A Group, onde o homem trabalha. De lá, ela  telefonou à Polícia Militar e pediu ajuda.

 

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O suspeito foi levado para a 10ª Delegacia de Polícia Civil em Ribeirão das Neves, onde foi ouvido.

 

O que diz a lei

 

Em janeiro deste ano, o governo federal sancionou lei que equipara o crime de injúria racial com o de racismo, tornando-o é inafiançável e imprescritível. A pena, que era de um a três anos, aumentou de dois para cinco.

 

A injúria racial se dá quando a honra de uma pessoa ofendida por conta de raça, cor, etnia, religião ou origem. O racismo ocorre quando o agressor atinge um grupo ou coletivo de pessoas, discriminando uma raça de forma geral.