Nessa segunda-feira (10/7), o Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) determinou que vídeos de André Valadão com "efeito homofóbico e transfóbico" sejam retirados das redes sociais do pastor e da Igreja Batista da Lagoinha.
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No dia 6 de julho, o Ministério Público Federal (MPF) havia pedido à Justiça Federal de Minas que seja determinada a retirada das redes sociais de vídeos com as declarações homofóbicas do pastor André Valadão. Durante um culto nos Estados Unidos, ele incitou que cristãos matem integrantes da comunidade LGBTQIA+. Além da remoção das imagens do YouTube e Instagram, o órgão solicitou a aplicação de multa de R$ 5 milhões a título de danos morais coletivos.
A procuradoria destacou que, em 4 de junho, Valadão associou as vivências das pessoas homoafetivas a um comportamento "desviante, pecaminoso, imoral e, portanto, algo a ser odiado e rechaçado". Quase um mês depois, em 2 de julho, o religioso fez declarações ainda mais preconceituosas, incitando a violência física.
No último domingo (9/7), André Valadão disse que não incentivou a violência contra o público homossexual. “Que bem fique claro: repudio qualquer ataque e uso ou incitação de violência física ou verbal a pessoas por conta da orientação sexual. Sou contra qualquer crime de ódio e sei que, como Jesus, os cristãos devem acolher a todos”, disse o pastor.
Discurso de ódio e homofobia
Em uma live, intitulada ‘Teoria da Conspiração’, realizada pela Igreja da Lagoinha no último domingo (2/7), em Orlando, nos Estados Unidos, Valadão sugeriu que fiéis matassem pessoas da população LGBTQIAPN .
“Agora é a hora de tomar as cordas de volta e dizer: Pode parar, reseta! Mas Deus fala que não pode mais”, disse Valadão. “Ele diz ‘já meti esse arco-íris aí. Se eu pudesse, matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora tá com vocês”. O pastor retoma a frase, incitando diretamente os fiéis: “Não entendeu o que eu disse? Agora, tá com vocês! Deus deixou o trabalho sujo para nós”.