A Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, anunciou na última quinta-feira (13) a criação do programa “Atlânticas - Programa Beatriz Nascimento de Mulheres na Ciência”, que irá oferecer bolsas de doutorado e pós-doutorado no exterior para mulheres negras, quilombolas, indígenas e ciganas.
Nascida em 1942, a sergipana Beatriz Nascimento foi uma historiadora, professora, poeta e ativista pelos direitos da comunidade negra e das mulheres. Quando em vida, Beatriz criticou fortemente a academia, pela falta de pesquisas que se aprofundavam na história do povo negro no Brasil.
O programa, resultado de uma parceria entre o Ministério da Igualdade Racial, o Ministério da Ciência e Tecnologia, o Ministério das Mulheres, o Ministério dos Povos Indígenas e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), receberá um investimento de R$7 milhões.
Para participar do programa, é necessário encaixar-se nos critérios de elegibilidade. As mulheres elegíveis deverão estar matriculadas regularmente em cursos reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), bem como aquelas que concluíram programas de pós-graduação reconhecidos pela CAPES.
Leia Mais
Quilombolas brasileiros participam de curso de podcast oferecido pela Embaixada dos EUAArticulação Mídia Negra entrega lista de reivindicações à SecomUFMG vai investigar denúncias de falas racistas de professor de sociologiaLaudelina de Campos Melo entra para livro de heroínas da pátria'Julho Pretas' deste ano promove discussões por meio de curtas-metragensRosa Weber lança versão indígena da Constituição no AmazonasPapa convida duas mulheres negras brasileiras para Sínodo dos BisposCapes oferece bolsas de pós-graduação em programa de políticas afirmativasMinistério lança videocast para debater direitos humanosO anúncio oficial do programa será no dia 20 de julho, em Belém (PA). Lá, serão divulgados mais detalhes sobre as inscrições, assim como os requisitos.
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.