Após oito anos, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve voltar a analisar o processo sobre o uso seguro de banheiros por pessoas trans e travestis. Criado pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais, o abaixo-assinado batizado de ‘STF, libera meu xixi visa pedir que as identidades de gênero sejam respeitadas em todos os espaço.
A última vez que a discussão veio à tona no Supremo Tribunal Federal (STF) foi em 2015, após a repercussão nacional do caso de uma mulher trans retirada de um banheiro feminino em um shopping em Santa Catarina. Depois disto, o STF começou a analisar um processo sobre a possibilidade de indenização por danos morais a pessoas trans e travestis que sejam impedidas de utilizar o banheiro do gênero com o qual se identificam.
No entanto, agora há a possibilidade real de que o processo seja liberado para que o julgamento pelo STF continue.
O abaixo-assinado pode ser acessado aqui.
Transfobia nos banheiros
No início de 2020, Lanna Hellen, foi impedida por um segurança de usar o banheiro em um dos shoppings de Maceió (AL).
Leia Mais
ONG denuncia PM que se negou a registrar crime de transfobiaObservatório monitora processos de transfobia e crimes contra jornalistasErika Hilton denuncia transfobia em Comissão: 'Argumentos falaciosos'Gymnastics Australia atualiza as diretrizes para proteger atletas transPessoas trans devem ir para presídios escolhidos por juízes, decide STFSíndica pede que casal gay não faça demonstrações de afeto em prédio de BHPBH cria protocolo para proteger mulheres em espaços de lazer e turismoDrag Queen de BH estará no elenco da primeira edição de Drag Race BrasilTambém em 2020, a atriz e cantora Linn da Quebrada contou, em entrevista a Pedro Bial, que ‘já segurou muito xixi’ para evitar sofrer transfobia na hora de usar um banheiro público: “Não queria que ir ao banheiro fosse uma luta”.
Em março deste ano, a funcionária pública Jhully Carla de Sousa foi vítima de transfobia ao tentar usar o banheiro feminino da Prefeitura de Crato, munícipio que fica localizado no Cariri cearense.
Jhully estava junto a uma amiga cisgênero. O guarda municipal exigiu que ela fosse ao banheiro masculino e pediu que somente a colega dela entrasse na ala feminina.
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.