Um jovem brasileiro contou em seus stories do Instagram que assistia ao filme ‘Vermelho, branco e sangue azul’ durante um vôo quando foi interrompido pelo passageiro ao lado, pedindo para que ele trocasse o que estava vendo. Segundo o homem, chamado Gustavo Lima, a justificativa usada pelo colega de assento era de que as cenas tinham “pouca vergonha”. O filme ‘Vermelho, branco e sangue azul’ conta uma história de amor entre dois homens.
“E eu que comecei a assistir a esse filme no voo, um senhor que tava do meu lado teve a audácia de me cutucar e pedir para eu parar de assistir a essa ‘pouca vergonha' do lado dele”, escreveu Gustavo. Ele teria respondido que continuaria vendo o que tinha escolhido, argumentando que “pouca vergonha estava nos olhos dele .
Nos stories, ele também conta que a situação rendeu uma discussão que o deixou com vergonha. Mesmo assim, o jovem seguiu com o filme. Em outra publicação, Gustavo mostrou que o homem tapou o rosto com a mão para não ver as imagens. “Que ódio”, escreveu.
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Os comentários de quem apoiou o jovem chamavam atenção para a qualidade do filme. “O filme ‘Vermelho, branco e sangue azul' é uma produção LGBT, muito boa por sinal. Indico para geral que não tenha preconceito e seja bem resolvido sexualmente. Está no top 10 em vários lugares do mundo. Quem não quiser assistir não assista”, defendeu um perfil.
“Gostei que ele não parou de assistir por causa desse véi homofóbico”, apoiou outro. Também não faltaram críticas a quem não consegue ver um filme de amor LGBT. “O cérebro de uma pessoa dessas deve ser do tamanho de uma ervilha... O filme não tem nada de ‘pouca vergonha’ são só dois caras se amando, como qualquer outra comédia romântica hetero”, diz um comentário. Outro internauta ainda completou: “Auge é a pessoa incomodar a outra com preconceito dela e exigir que ele pare de ver.”
Já outras pessoas defenderam a posição do senhor, já que as cenas de sexo são inadequadas para crianças, que poderiam ver a tela da poltrona de Gustavo. “Se eu tivesse com meu filho do lado e visse alguém vendo putaria, não ia ter homofobia que me segurasse”, apontou uma mulher.
Outros perfis relataram que o problema seria resolvido se o jovem visse o filme pelo celular. “Ninguém é obrigado a assistir a pornografia explícita. Eu, numa situação dessa, assisto ao filme no meu celular, até eu fico constrangida de assistir um negócio com cena de sexo para todo mundo ver... Se ele quisesse olhar para meu celular para ver ao que eu estava assistindo aí o problema já não era meu”, explicou um internauta.
Também teve gente que relatou ter passado por situações parecidas. “Oh gente, mas esse filme num tem umas cenas de sexo? Porque eu já peguei voo que o cara ficou vendo SEX LIFE e eu genuinamente queria SUMIR”, escreveu um perfil.