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Estado de Minas LGBTFOBIA

Homem ameaça cometer massacre em ONG LGBTQIA+ de Belo Horizonte

A ameaça enviada ao e-mail da instituição na noite da última segunda-feira; entenda o caso


24/08/2023 15:33 - atualizado 24/08/2023 19:15
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Ameaça, print
Segundo o presidente da ONG, medidas de segurança já foram adotadas (foto: Reprodução)
O Centro de Luta Pela Livre Orientação Sexual de Minas Gerais (Cellos/MG), organização não-governamental (ONG) atua na defesa dos direitos da população LGBTQIA+, recebeu uma ameaça de morte em seu e-mail institucional na última segunda-feira (21). Em um trecho, o suspeito diz que irá para Belo Horizonte com uma ‘espingarda calibre 12 e dar um tiro certeiro na cabeça de cada um’. 

No e-mail, que foi enviado às 23h30, o remetente ameaça diretamente a diretoria e o presidente da instituição:
“Esse será meu ato sanctvm para mostrar a todos que ainda existem homens após a posse do Lula, eu vou cometer um atentado, um massacre, na sede da Cellos/MG, em Belo Horizonte, estejam avisados! Eu sou um homem que não tem nada a perder, perdi meu emprego, minha mulher e tive de sair da gloriosa Santa Catarina para esse lugar cheio de pretos e viados”, diz o suspeito em sua mensagem.

‘Ato sanctvm’ — sendo comumente escrito como ‘Actvm Sanctvm’ ou ‘Actum Sanctum’ — é um termo em latim que significa ‘ato santo’ tendo sido utilizado em fóruns da dark net e deep web para caracterizar atendados.

Maicon Chaves, presidente do Cellos/MG, afirma que a organização já sofreu outras ameaças, mas, nenhuma teve o mesmo nível de gravidade.


Desde a semana passada, a capital mineira presencia uma onda de ameaças de teor LGBTfóbico.  Na última quinta-feira (17), as vereadoras de Belo Horizonte Cida Falabella (PSOL) e Iza Lourença (PSOL) receberam uma mensagem de um remetente desconhecido, que afirmou que o ‘estupro cura lésbicas’ e que poderia ir até a casa delas para cometer a violência. 
“É importante dizer que esse tipo grave de violência, que ganhou espaço nos últimos 4 anos, foi praticamente incentivado o tempo inteiro, mesmo com a presença de movimentos que tentaram amenizar esse cenário. Há de responsabilizar quem diretamente nos ameaça, e também as autoridades, aqueles que criam opinião e tem lugar de poder. Esse clima pouco democrático e demasiado extremista que eles criam aumenta a vulnerabilidade de pessoas que naturalmente já estão vulneráveis”, Conclui o presidente. 


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