Pessoas negras podem não ser detectadas por softwares presentes em carros de direção autônoma, segundo pesquisa realizada por acadêmicos do King’s College London e da Universidade de Pequim.
Carros de direção automática são veículos que usam tecnologia para dirigir autonomamente, reduzindo a dependência dos motoristas. Ou seja, são automóveis que podem acelerar, frear e controlar o volante por conta própria.
Ao testar o funcionamento de oito detectores de pedestres usados por fabricantes de carros autônomos, os pesquisadores utilizaram diferentes parâmetros como cor, idade e gênero.
Após analisarem mais de 8 mil imagens, o estudo revelou uma probabilidade 7,52% maior de detecção em pessoas com tons de pele mais claros. Em relação às crianças, o percentual aumentou para 12% se comparado com pessoas adultas.
Durante o dia, as taxas incorretas de detecção de pedestres negros foram de 7,14%. Pela noite, esse número subiu para 9,86%.
“Em geral, este estudo esclarece os problemas de equidade enfrentados pelos detectores de pedestres existentes, enfatizando a importância de abordar o viés relacionado à idade e ao tom de pele. As percepções obtidas podem preparar o caminho para sistemas de direção autônoma mais justos e imparciais no futuro”, conclui o estudo.