A Ordem dos Advogados de Brasil de São Paulo (OAB-SP) criou a Medalha Tereza de Benguela na última segunda-feira (25). O prêmio tem como objetivo homenagear advogadas negras que contribuíram para a história da entidade em prol a justiça e igualdade.
Líder do Quilombo do Quariterê no século XVIII, Tereza de Benguela, a escravizada que virou rainha, é considerada por muitos um dos grandes símbolos nacionais de liderança contra a colonização.
A data escolhida para a distribuição das medalhas foi 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
A honraria foi proposta pela diretora secretária-geral adjunta da seccional paulista, Dione Almeida, quando assumiu a presidência interina da OAB-SP, sendo a primeira mulher negra a ocupar o cargo em 91 anos.
“São 251 subseções no Estado de São Paulo, onde mulheres negras dedicam seu tempo para a advocacia, e elas precisam ter esse trabalho reconhecido. A medalha não vem apenas para homenagear as inscritas na OAB SP e combater o apagamento dessas mulheres, agradecendo por seus trabalhos prestados, mas também para registrar os nomes de todas as mulheres negras que contribuíram para a história da OAB SP”, explicou.
Ana Carolina Lourenço, vice-presidente da Comissão da Mulheres Advogadas da OAB SP, também se manifestou sobre a medalha, ressaltando a sua importância:
Esta não é apenas uma medalha, mas uma manifestação tangível de nossa gratidão, respeito e compromisso com aquelas que com sua dedicação e esforço tem moldado a advocacia paulista”, afirmou Ana Carolina.
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.