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Estado de Minas EMPREENDEDORISMO LGBT

Casal cria projeto que ajuda LGBTs a terem filhos por barriga de aluguel

Batizado de WeAreGrom!, o projeto tem em vista criar um ambiente seguro e personalizado para cada caso


27/10/2023 08:30 - atualizado 27/10/2023 08:45
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Família de Gustavo e Romain
(foto: Divulgação)
Nos últimos anos, casais LGBT+ no Brasil têm buscado maneiras inovadoras para realizar o sonho da paternidade. Gustavo Sotero e Romain Menei, casal de executivos com mais de uma década de experiência no mercado de beleza, lançaram um projeto que facilita o processo de gestação por substituição, também conhecido como “barriga de aluguel”. 

Batizado de ‘WeAreGrom!’, o projeto tem em vista criar um ambiente seguro e personalizado para cada caso, oferecendo contato direto com os ‘surrogacy planners’ e fundadores da empresa, algo que não puderam ter quando decidiram ser pais:


“Ter uma família sempre fez parte dos nossos planos. Exploramos as opções que tínhamos como um casal gay, e a gestação por substituição nos pareceu ser a melhor opção. Em 2017, contatamos as primeiras agências de barriga de aluguel, mas na época não foi fácil. Nos sentimos perdidos com tantas informações. O processo parecia complexo, caro, arriscado e cheio de zonas cinzentas, cada agência nos dizia uma coisa”, contou o casal


O casal trabalha em um número limitado de casos a cada ano, priorizando a proximidade e o apoio aos clientes em todas as etapas do processo. Com operações divididas em três pilares: Beginner, Advisory e Unlimited, todo o processo ocorre nos Estados Unidos, onde, segundo os fundadores, há legislações claras e segurança jurídica.


No Brasil, prática não é regulamentada por uma lei específica, sendo considerada ilegal, já que pode ser enquadrada na Lei de Transplantes, que proíbe o comércio de embriões e partes do corpo humano não renováveis, e na Lei de Biossegurança, que trata da reprodução assistida.

No entanto, a legislação brasileira permite a chamada ‘barriga solidária’, que, ao contrário da barriga de aluguel, não envolve pagamento e está sujeita a uma série de regras estabelecidas na Resolução nº 2294/21, criada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Para ser uma candidata à barriga solidária, a mulher deve ter grau de parentesco de até quarto grau com o casal, não pode receber remuneração, precisa ter menos de 50 anos e deve estar em boa saúde tanto clinicamente quanto psicologicamente.\

 

* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie. 


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