Jornal Estado de Minas

Dança comigo?

Conteúdo para Assinantes

Continue lendo o conteúdo para assinantes do Estado de Minas Digital no seu computador e smartphone.

Estado de Minas Digital

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Experimente 15 dias grátis

 

O lindy hop não poderia faltar. Com atrações nacionais e internacionais, o festival I Love Jazz vai pôr o público para dançar ao som de standards americanos das primeiras décadas do século 20. A programação começa sábado (24), com aula de lindy hop a cargo de bailarinos do grupo BeHoppers.

“Jazz é música para dançar, foi feita para isso. O movimento mundial nesse sentido ganhou força de cinco anos para cá. Em Belo Horizonte, temos um grupo grande de dançarinos”, afirma Marcelo Costa, trompetista da Happy Feet Jazz Band, curador do evento.

“O festival é um marco pra nós. É o maior evento de swing jazz do país, com seis bandas. Vêm pessoas do Brasil inteiro com a expectativa de que terá programação de dança”, afirma Fabrício Martins, integrante do BeHoppers.

Na verdade, o I Love Jazz funciona como vitrine para o lindy hop. “Cerca de 20 mil pessoas passam pelo festival.

Muita gente que hoje dança diz que conheceu o estilo no evento. Depois da apresentação deste ano, esperamos ter mais pessoas dançando conosco em 2019”, diz Martins.

O grupo BeHoppers foi criado há seis anos, trazendo para a capital mineira um estilo que gera curiosidade. “Quando começamos a fazer lindy hop nas ruas, o estranhamento era enorme. Muita gente dizia que não dá pra dançar jazz. Ou que é música de elevador, para escutar sentado em bar e restaurante”, comenta Fabrício.

POPULAR Lançado na década de 1920, em New Orleans, o swing jazz é altamente sedutor. “Era o estilo de música mais popular nos Estados Unidos. Tornou-se popular porque é dançante”, explica Fabrício.
Prova disso é a evolução do próprio BeHoppers – o grupo passou de quatro dançarinos, em 2012, para 25. A ampliação possibilitou ensinar os passos em diversos espaços na capital, como academias e escolas.

Uma das características do jazz é o improviso. Fabrício chama a atenção para o fato de que na dança também há espaço para isso. “O legal é que quando o lindy hop foi criado, não havia padronização de passos. Ele era dançado nos grandes salões do Harlem”, explica.

“Se a pessoa acha o passo esquisito, ela pode exagerar um pouco mais que vai ficar legal. Gente que dança há 10 anos faz isso”, recomenda.

Atualmente, há aulas de lindy hop em 11 estúdios particulares de BH. No sábado (24), terá aulão de dança uma hora antes do início dos shows. O objetivo é deixar todo mundo preparado para os dois dias de festival.

“Fazemos uma grande roda para ensinar passos básicos.
Vamos repassar algumas dicas para todo mundo se soltar na pista”, promete Fabrício Martins.

.