Em 1648, dois guardas imperiais foram obrigados a permanecer de costas para uma das sete maravilhas do mundo, o Taj Mahal, enquanto o monumento era construído. Depois, a dupla recebeu a ordem de participar da mutilação em massa dos trabalhadores daquela obra. Inspirado nas lendas sobre o monumento situado na Índia, o texto do indiano Rajiv Joseph deu origem à tragicomédia Os guardas do Taj, que ficará em cartaz no Cine Theatro Brasil Vallourec neste fim de semana.
Os guardas do Taj são Humayun (Reynaldo Gianecchini) e Babur (Ricardo Tozzi), amigos cujas personalidades não poderiam ser mais opostas. Enquanto Humayun é obediente e determinado, o curioso Babur quer espiar a obra.
A trama discute questões como a amizade, a obediência cega e o poder das influências familiares e sociais. De acordo com o ator Ricardo Tozzi, o texto conduz o público a traçar paralelos com a própria vida.
“Amizade, condicionamento e aprisionamento são temas universais, mas cada indivíduo que assistir a essa peça a recebe de forma diferente. Às vezes, dói olhar para si mesmo, mas precisamos fazer isso em vez de viver ‘no boi tocado’”, afirma Tozzi.
Os atores usam trajes característicos da Índia, o comportamento dos personagens remete ao país, mas os diálogos foram adaptados para o Brasil. De acordo com Tozzi, “a peça é superengraçada, apesar dos fortes temas abordados”.
Em 2017, o espetáculo estreou em Portugal. Tozzi conta que a recepção foi positiva.
* Estagiária supervisionada pela editora-assistente Ângela Faria
OS GUARDAS DO TAJ
De Rajiv Joseph. Direção: Rafael Primot e João Fonseca. Com Reynaldo Gianecchini e Ricardo Tozzi. Cine Theatro Brasil Vallourec.
R$ 30 (meia-entrada).
“Às vezes, dói olhar para si mesmo, mas precisamos fazer isso em vez de viver ‘no boi tocado’”
. Ricardo Tozzi, ator
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