O grupo chinês Lenovo, quarto maior fabricante do mundo de computadores pessoais, informou nesta quinta-feira que por enquanto não comprará a brasileira Positivo Informática, devido à crise financeira mundial, segundo a agência de notícias Efe. Angela Lee, assessora de imprensa do grupo chinês em Hong Kong, disse à Efe que devido às incertezas geradas pela crise financeira, Lenovo e Positivo "decidiram que não é factível fechar um acordo sobre uma transação neste momento".
Ela indicou, no entanto, que as duas companhias "estão explorando uma ampla aliança" que não envolva uma compra e que seja benéfica para as empresas no longo prazo.
As especulações sobre a possível venda da Positivo chegaram a seu ponto alto na semana passada, quando o chefe executivo da Lenovo, William Amelio, disse que esperava ver uma consolidação no setor dos computadores pessoais e que o grupo chinês manteria seu olhar em direção aos mercados emergentes. No entanto, ele indicou que não tinha qualquer informação sobre um possível plano de sua empresa para comprar a Positivo.
Dias depois, o grupo chinês confirmou negociações preliminares para o investimento ou aquisição de uma nova empresa, sem mencionar qual, embora os rumores continuassem apontando para a Positivo Informática.
Segundo a agência estatal chinesa de notícias Xinhua, faltando uma confirmação oficial das partes, a Lenovo poderia ter realizado uma proposta de US$ 833 milhões para comprar a companhia brasileira.