A economia da Coréia do Sul enfrenta no momento uma crise econômica sem precedentes, devido à queda na demanda tanto no mercado doméstico como em outros países ao mesmo tempo, na avaliação do Ministério da Economia já estuda medidas para evitar uma queda nas exportações em 2009, segundo anúncio feito nesta sexta-feira.
"A economia sul-coreana está diante de uma crise sem precedentes, com a demanda doméstica e as exportações, os dois pilares do crescimento econômico, caindo ao mesmo tempo", diz o ministério, em seu relatório anual, encaminhado ao presidente do país, Lee Myung-bak.
Segundo o documento, o ministério tentará elevar as exportações do país para US$ 450 bilhões em 2009, contra os cerca de US$ 430 bilhões projetados para este ano. No mês passado, as exportações sul-coreanas caíram 19% (dado revisado), na comparação com um ano antes. As vendas para a China, principal destino dos produtos da Coréia do Sul, caiu um terço na comparação anual.
Neste mês, o banco central da Coréia do Sul prevê para este ano um crescimento de 3,7% --0,9 ponto percentual menos do que previa em julho, antes da piora da crise global, desencadeada em setembro com o pedido de concordata do banco de investimento norte-americano Lehman Brothers.
Para 2009, a previsão é ainda pior, de um crescimento de 2%; se confirmado, o resultado será o pior desde 1998. Para o BC sul-coreano, a economia sul-coreana só deve começar a se recuperar em 2010, quando ele prevê uma expansão de 4%. No terceiro trimestre, o PIB do país avançou 3,9% em relação ao mesmo período de 2007. Foi o menor avanço desde o segundo trimestre de 2005.
O ministério ainda recomenda em seu relatório que o governo estabeleça como meta aumentar esforços para atrair mais investimentos estrangeiros diretos. O documento estima que esses investimentos devam crescer 6%, para US$ 12,5 bilhões no próximo ano, contra US$ 11,8 bilhões previstos para 2008.