Cerca de 10% da população brasileira economicamente ativa que vive nas áreas urbanas e tem mais de 18 anos está desempregada, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Assim como as demais pesquisas que tratam de trabalho no país, o Ipea considerou como desempregadas as pessoas que declararam não ter exercido qualquer atividade remunerada, mas que procuraram emprego na semana de referência da pesquisa.
Já os ocupados foram definidos como aqueles que declararam ter exercido atividade remunerada na semana anterior à entrevista, ou estado temporariamente afastados da mesma. Foram classificadas como inativas as pessoas que declararam ter trabalhado apenas realizando atividades não remuneradas no próprio domicílio (afazeres domésticos, tarefas em cultivo, pesca ou criação de animais destinados à própria alimentação, ou construção destinada ao próprio uso dos moradores) ou não ter trabalhado nem procurado trabalho na semana de referência.
O trabalho do Ipea faz parte do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), que é voltado para que o Estado e a sociedade avaliem e implementem políticas e estratégias. O levantamento foi realizado ao longo do segundo semestre do ano passado, com 2.773 pessoas de todos os Estados do Brasil.
Inativos
Entre os inativos (que são 29% do total pesquisado), o Ipea detectou que pelo menos 31,3% nunca procuraram emprego, com 88% deste grupo sendo composto por mulheres. "Pode-se dizer que isso é esperado, uma vez que elas ainda costumam participar menos do mercado de trabalho que os homens. Ainda assim, o fato de a proporção de mulheres que nunca procuraram trabalho aumentar com a idade é sintoma de que a atual geração participa mais do mercado de trabalho do que as gerações anteriores", explicaram os técnicos do instituto no documento distribuído à imprensa. Além disso, segundo o relatório, as mulheres, em média, estão há mais tempo na inatividade que os homens.
Entre os homens, ocorre o inverso em relação à idade. Isto é, quase todas as pessoas que nunca procuraram emprego estão entre os mais jovens. "A hipótese mais comum para explicar tal fenômeno é que os homens mais jovens estariam se dedicando mais aos estudos", diz o instituto.
Ainda de acordo com a pesquisa do Ipea, 57,4% dos inativos não aceitariam oferta de emprego por vários motivos. Além disso, mais de 40% podem se encaixar de alguma forma na situação de "desempregado oculto pelo desalento". Ou seja, a pessoa gostaria de trabalhar, mas vários fatores a desanimam ou mesmo a impedem de procurar esse objetivo. Isso mostra, conforme o Ipea, que os inativos não são todos iguais. "Sabe-se que nem todos os inativos não estão procurando emprego porque não querem trabalhar".
Conforme o levantamento, a proporção de mulheres inativas que aceitariam uma proposta de trabalho é maior que a dos homens (47% contra 32%). Os resultados da pesquisa mostram que quanto mais tempo a pessoa está inativa, menos ela tende a querer sair dessa situação. O Ipea identificou também que 65,5% dos inativos com pelo menos segundo grau incompleto aceitaria uma proposta de emprego, contra apenas 36% daqueles com no máximo o primeiro grau completo.
Já os ocupados foram definidos como aqueles que declararam ter exercido atividade remunerada na semana anterior à entrevista, ou estado temporariamente afastados da mesma. Foram classificadas como inativas as pessoas que declararam ter trabalhado apenas realizando atividades não remuneradas no próprio domicílio (afazeres domésticos, tarefas em cultivo, pesca ou criação de animais destinados à própria alimentação, ou construção destinada ao próprio uso dos moradores) ou não ter trabalhado nem procurado trabalho na semana de referência.
O trabalho do Ipea faz parte do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS), que é voltado para que o Estado e a sociedade avaliem e implementem políticas e estratégias. O levantamento foi realizado ao longo do segundo semestre do ano passado, com 2.773 pessoas de todos os Estados do Brasil.
Inativos
Entre os inativos (que são 29% do total pesquisado), o Ipea detectou que pelo menos 31,3% nunca procuraram emprego, com 88% deste grupo sendo composto por mulheres. "Pode-se dizer que isso é esperado, uma vez que elas ainda costumam participar menos do mercado de trabalho que os homens. Ainda assim, o fato de a proporção de mulheres que nunca procuraram trabalho aumentar com a idade é sintoma de que a atual geração participa mais do mercado de trabalho do que as gerações anteriores", explicaram os técnicos do instituto no documento distribuído à imprensa. Além disso, segundo o relatório, as mulheres, em média, estão há mais tempo na inatividade que os homens.
Entre os homens, ocorre o inverso em relação à idade. Isto é, quase todas as pessoas que nunca procuraram emprego estão entre os mais jovens. "A hipótese mais comum para explicar tal fenômeno é que os homens mais jovens estariam se dedicando mais aos estudos", diz o instituto.
Ainda de acordo com a pesquisa do Ipea, 57,4% dos inativos não aceitariam oferta de emprego por vários motivos. Além disso, mais de 40% podem se encaixar de alguma forma na situação de "desempregado oculto pelo desalento". Ou seja, a pessoa gostaria de trabalhar, mas vários fatores a desanimam ou mesmo a impedem de procurar esse objetivo. Isso mostra, conforme o Ipea, que os inativos não são todos iguais. "Sabe-se que nem todos os inativos não estão procurando emprego porque não querem trabalhar".
Conforme o levantamento, a proporção de mulheres inativas que aceitariam uma proposta de trabalho é maior que a dos homens (47% contra 32%). Os resultados da pesquisa mostram que quanto mais tempo a pessoa está inativa, menos ela tende a querer sair dessa situação. O Ipea identificou também que 65,5% dos inativos com pelo menos segundo grau incompleto aceitaria uma proposta de emprego, contra apenas 36% daqueles com no máximo o primeiro grau completo.