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Estado de Minas

Governo mostra força, derruba emendas e aprova mínimo de R$ 545


postado em 16/02/2011 22:28 / atualizado em 17/02/2011 00:42

O plenário da Câmara rejeitou no final da noite desta quarta-feira a emenda do DEM que pretendia aumentar para R$ 560 o valor do salário mínimo. Foram 361 votos contrários, 120 a favor e 11 abstenções. Com a rejeição da emenda, a Câmara mantém o salário mínimo de R$ 545, conforme o projeto do Executivo.

A Câmara já havia rejeitado por 376 votos contrários, 106 a favor e 7 abstenções o destaque do PSDB que pretendia elevar o mínimo para R$ 600. No primeiro embate na Câmara dos Deputados, o governo Dilma saiu vitorioso.

A votação do novo valor do mínimo só começou depois que relator da matéria, deputado Vicentinho (PT-SP), conseguiu o acordo entre os líderes garantindo a votação nominal com o registro no painel eletrônico das emendas que propunham o mínimo de R$ 600, defendida pelo PSDB, e de R$ 560, apresentada pelo DEM. Antes disso, ao apresentar seu parecer favorável, o ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) chegou a ser vaiado pelos sindicalistas presentes na sessão."Meu compromisso é com o trabalhador. Tenho certeza que as vaias de hoje vão se transformar em aplausos em janeiro do ano que vem, quando o valor vai chegar a mais de R$ 600", comentou.

O Artigo 3º do projeto foi um dos mais criticados pela oposição. Segundo o texto, o valor do mínimo nos próximos anos deve ser estabelecido por decreto, sem passar pela aprovação da Câmara e do Senado. "Ao estabelecer o decreto como forma de materialização da política de valorização do salário mínimo, o Poder Executivo busca, de maneira inadmissível, usurpar dos integrantes do Congresso Nacional, legítimos representantes do povo brasileiro, o direito de discutir e decidir sobre os valores adequados para o reajuste e aumento real do salário mínimo até 2015", diz emenda do deputado Roberto Freire, presidente do PPS.

O deputado Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara, argumentou que a medida não é inconstitucional. “O uso do decreto será apenas para divulgar o valor do salário mínimo”, ressaltou. O projeto estabelece que o reajuste será de acordo com a inflação dos 12 meses anteriores ao reajuste mais o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do penúltimo ano.

Pelo projeto, o reajuste para 2012 será definido com base no cálculo da inflação de 2011 mais o crescimento real do PIB de 2010. O reajuste para 2013 será a inflação de 2012 mais o crescimento real do PIB de 2011. Em 2014, o cálculo do salário mínimo será a inflação de 2013 mais o crescimento real do PIB de 2012 e, em 2015, o reajuste será a soma da inflação de 2014 mais o crescimento real do PIB de 2013. Desde janeiro deste ano, o salário mínimo é de R$ 540 por força da Medida Provisória 516/10. Esse valor foi encontrado com base em estimativa da inflação em dezembro de 2010.

Senado

O projeto de lei do salário mínimo deve ser votado na próxima quarta-feira no plenário do Senado, adiantou o líder do governo, Romero Jucá (PMDB-RR). Ele acrescentou que o ministro da Fazenda Guido Mantega, colocou-se à disposição dos líderes partidários para debater a matéria. A visita do ministro ao Senado, entretanto, ainda não foi confirmada.

No Senado o Planalto enfrentará outra batalha, com dissidentes até mesmo no PT. Na semana passada, o senador Paulo Paim (PT-RS) subiu à tribuna para defender o mínimo de R$ 560. A bancada tucana deve defender o valor de R$ 600, embora o senador Aécio Neves (PSDB-MG) não avalize essa proposta, que foi defendida por José Serra na campanha presidencial.

(Com agências)


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