O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou, nesta sexta-feira, que não vai faltar apoio à diretoria da Ligth, empresa fornecedora de energia elétrica ao Rio de Janeiro e sócia da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), para investir no projeto estratégico para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Aécio esteve reunido no Rio de Janeiro com o governador de Minas, Antonio Anastasia, e com diretor-presidente da Light, Jorge Kelman. "O governo de Minas é um pouco parte, sócio, desse esforço. Em primeiro lugar, e também um esforço grande de valorização de energias alternativas, que é uma marca da Cemig ao longo de todo esse período ", destacou o senador mineiro.
Durante o encontro, Anastasia indicou a renovação dos contratos dos diretores dessas empresas da área energética por mais um ano, especialmente em projetos de tecnologia avançada. "Significa, naturalmente, sempre a melhoria dos serviços públicos de energia prestados na área de concessão e, ao mesmo tempo, a melhoria da atuação da companhia", afirmou o governador.
Outro ponto que foi destacado por Aécio são os resultados de pesquisas que revelam que "hoje há uma satisfação maior do consumidor em relação à que havia quando adquirimos a empresa (Light) há alguns anos e que, certamente, vão continuar avançando pelo nível e volume de investimentos que estão sendo feitos". O senador mencionou a UPP como exemplo desse esforço, citando que a Light, com o comando da Cemig, organiza e melhora a qualidade dos serviços prestados.
Sobre os apagões que têm acontecido no Rio, Aécio disse que a situação atual é melhor do que era há algum tempo, mas que os problemas existem e estão recebendo os cuidados devidos. Já o diretor-presidente da Light afirmou que é preciso pedir a colaboração de toda a população para que o fluxo de energia diminua e, dessa forma, possa beneficiar todos os consumidores.
Segundo Kelman, o que acontece no Rio de Janeiro durante o verão, mais do que em outras cidades, é o consumo de energia elétrica por conta do ar-condicionado. "De um lado, alguns prédios vão aumentando o consumo sem que se troque a instalação elétrica. Então, é preciso fazer o que se chama de reforço de carga", esclarece. Ele ainda destacou que as ligações clandestinas no estado do Rio causam um índice grande de perda de energia. "Alguns transformadores, que são esses aparelhos que ficam nos postes, estão no calor, suprindo muito mais energia do que eles foram dimensionados. E isso não sabemos porque não faturamos, não medimos isso", acrescenta.