A operação de resgate do Panamericano não salvou apenas o pescoço dos donos do banco, que escapou de perder boa parte de sua fortuna se o banco quebrasse. Ela também livrou a Caixa Econômica Federal, que se tornara sócia do banco, de um rosário de problemas.
Caso o Panamericano quebrasse, além de perder os R$ 740 milhões aplicados na compra do banco, a Caixa provavelmente ficaria exposta a uma chuva de processos movidos por pessoas e empresas que se sentissem prejudicadas com a falência - assim como Silvio. Por ser um banco do governo, no entanto, a Caixa ainda poderia ser acionada por qualquer cidadão.
“Seria um custo político muito grande no início de um governo”, diz um advogado especializado em direito bancário. Consultada sobre as consequências de uma eventual quebra do Panamericano, a Caixa enviou uma nota em que descreve procedimentos contábeis que tomará daqui para a frente.