Os preços do petróleo fecharam em alta em Nova York e estáveis em Londres ante o aumento da violência na Líbia, importante produtor de petróleo, apesar da vontade dos países exportadores de petróleo de tranquilizar o mercado sobre a oferta.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em março fechou em 93,57 dólares, em alta de 7,37 dólares (+8,55%) em relação à sexta-feira.
Este contrato, em seu último dia de cotação, alcançou durante o dia 94,49 dólares, seu maior nível desde o início de outubro de 2008.
Os mercados permaneceram fechados na segunda-feira nos Estados Unidos.
No IntercontinentalExchange de Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em abril ganhou 4 centavos, a 105,78 dólares, após alcançar 108,57 dólares, valor que não atingia desde 4 de setembro de 2008.
"O mercado continua sujeito à instabilidade no Oriente Médio e, em particular, na Líbia", constatou John Kilduff, da Again Capital.
"A violência sobre a população, (Muamar) Kadhafi que perde o controle em certas regiões, a deserção de alguns militares e inclusive no corpo diplomático: vê-se uma escalada que torna provável que o mercado petroleiro perca - pelo menos provisoriamente - o 1,1 milhão de barris diários que a Líbia produz", acrescentou o analista.
Os preços perderam brevemente seus lucros quando a Arábia Saudita declarou-se disposta "a aturar imediatamente" para paliar qualquer redução da oferta.
"Há inquietações e medo no mercado, mas não há escassez por enquanto", disse Ali ben Ibrahim al-Nuaimi, ministro do Petróleo do reino, que é, de longe, o maior produtor da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP).