A decisão do Ministério do Trabalho de prorrogar, pela segunda vez, a implementação do ponto eletrônico, trouxe alívio para a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A entidade, que é contra a obrigatoriedade do sistema, disse que os empresários ganharão tempo para se adaptar à exigência ou até para dissuadir o governo de implementá-la. O ponto eletrônico passaria a valer a partir desta terça-feira e foi adiado para 1º de setembro.
"Vamos ter mais seis meses para continuarmos debatendo", afirmou o presidente da entidade, Paulo Skaf. Em encontro no último dia 18 com o ministro do Trabalho,
De acordo com Skaf, a entidade considera a prorrogação da medida como uma vitória parcial, já que a exigência continua em vigor. "Precisamos discutir melhor a questão", defendeu. O primeiro adiamento da regulamentação ocorreu em agosto do ano passado a pedido dos representantes dos trabalhadores e dos empregadores. Na época, o governo justificou a transferência da data com a falta de equipamentos no mercado para atender a determinação.
Além de alterar a data da exigência do ponto eletrônico nas empresas, a portaria publicada hoje no Diário Oficial da União cria um grupo de trabalho para elaborar estudos de revisão e aperfeiçoamento do novo sistema. A portaria estabelece a adequação das empresas ao sistema de registro que prevê a entrega aos funcionários de comprovante de marcação com a hora de entrada e saída do empregado.