Os preços do petróleo registraram outro salto nesta sexta-feira em Nova York, com o barril alcançando um novo teto não registrado desde setembro de 2008, num momento em que a violência aumenta na Líbia, principalmente nas zonas petrolíferas.
Os preços do WTI dispararam cerca de 18 dólares (mais de 21%) nas duas últimas semanas e alcançaram durante a sessão 104,60 dólares, seu nível mais alto desde 29 de setembro de 2008.
No Intercontinental Exchange de Londres, o barril de Brent do mar do Norte com igual vencimento ganhava às 20H00 GMT (17H00 de Brasília) 1,17 dólar, alcançando 115,96 dólares, embora abaixo de seu teto do final de fevereiro.
"Chegarão novos investidores ao mercado, isto pode levar os preços a 110 dólares e inclusive a 115 (em Nova York) em função dos acontecimentos no Oriente Médio", comentou Rich Ilczyszyn, da Lind-Waldock.
"Não acredito que seja realmente um problema de oferta e demanda, as operações são dirigidas pela emoção", acrescentou. "Com o fim de semana que chega, ninguém quer estar posicionado em baixa. Não se sabe o que vai acontecer. O risco é muito grande".
Manifestantes e forças governamentais se enfrentavam nesta sexta-feira em Trípoli e a aviação líbia bombardeou posições rebeldes no leste do país. Nesta região, os insurgentes afirmam ter tomado o controle dos portos de Brega e Ras Lanouf, exportadores de petróleo, onde ocorreram violentos combates.
"As divisões parecem se acentuar. Os problemas de abastecimento (de petróleo) continuarão durante váris meses. Isto representa um sinal importante para o mundo, em um contexto onde a demanda aumenta", advertiu Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.