O Produto Interno Bruto (PIB) de 2010, divulgado na semana passada, confirmou o crescimento da agropecuária: 6,5% em relação a 2009. A agroindústria está em seu melhor momento desde 2007. No ano passado, o setor cresceu 4,7%, segundo a Pesquisa Industrial Produção Física do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Responsável por um quarto do PIB e um terço das exportações, no celeiro do mundo, como é conhecido o Brasil, é o setor que concentra também um terço dos empregos. Em uma ponta da cadeia, milhares de trabalhadores respondem pela produção orientada; na outra ponta, aqueles que os especialistas indicam como um dos 10 profissionais mais disputados nos próximos anos: o engenheiro-agrônomo.
O aquecimento da economia brasileira e a demanda por engenheiros em tempos de investimento em infraestrutura é realidade também na agronomia. Para Kléber Santos, do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), a busca por esse profissional está diretamente relacionada ao destaque do Brasil no agronegócio, mas também à amplitude de atuação do engenheiro agrônomo. A demanda, entretanto, acompanha o crescimento contínuo do setor. “Em relação à engenharia como um todo, nosso mercado está crescendo há mais tempo”, defende o engenheiro-agrônomo e conselheiro federal do Confea.
Segundo Emílio Elias Mouchrek Filho, presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros Agrônomos e coordenador da Câmara de Agronomia do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), o profissional pode atuar no agronegócio e agroindústria propriamente dito, no ensino, na pesquisa, extensão rural, consultoria e assessoria, defesa sanitária e fiscalização, perícia e avaliação de imóveis rurais e na área ambiental. “Essa última, foi uma das áreas que mais abriram possibilidade para o engenheiro agrônomo no Brasil inteiro, nos últimos cinco anos”, diz Emílio.
Kléber Santos concorda sobre para onde cresce a profissão. As vastas extensões de terra e a abundância de recursos naturais que garantem ao Brasil papel de destaque na economia mundial é também o que está exigindo maior participação de agrônomos no processo. “Resultado da preocupação em conservar nossas florestas, hoje também é papel da agronomia conseguir produzir o máximo por unidade de área. Se aumenta a produção por unidade de área não temos que aumentar a fronteira agrícola. A questão ambiental é cada vez mais presente em nossa profissão. À medida que a economia cresce aumentam as preocupações ambientais e a demanda por profissionais preparados para lidar com esse impacto.”
Demanda
Em Minas Gerais, uma atividade em expansão é o reflorestamento de eucalipto para atender a indústria siderúrgica na Região Central do estado. O engenheiro agrônomo Fábio Milioreli Romeiro, de 62 anos, trabalha na área há 21 anos, atualmente na Siderúrgica Maravilhas (Simar). Segundo o especialista, uma lei da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, do ano passado, definiu que as empresas têm até 2018 para consumir apenas 10% de carvão nativo. Os outros 90% terão que, obrigatoriamente, vir de florestas plantadas. “As empresas estão investindo mais no plantio. A lei deu uma mexida no mercado e aumentou a demanda por engenheiro agrônomo ou florestal.”
O eucalipto é uma cultura como outra qualquer e precisa do acompanhamento direto do profissional. “Tem que investir. Não é como antigamente, quando plantavam as mudas e abandonavam o local. É uma cultura que requer cuidado, técnica e acompanhamento. Preparamos o solo, cuidamos da adubação e do combate às pragas. O fator limitante é o alto custo da matéria-prima e do investimento em área de floresta. Um hectare de eucalipto é muito caro.” Mas, para Fábio, apesar do carvão seguir a lei da oferta e da procura e existir uma crise do gusa, o mercado para o agrônomo está bastante razoável. “Vejo muito futuro para a turma que está formando agora.”
O aquecimento da economia brasileira e a demanda por engenheiros em tempos de investimento em infraestrutura é realidade também na agronomia. Para Kléber Santos, do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), a busca por esse profissional está diretamente relacionada ao destaque do Brasil no agronegócio, mas também à amplitude de atuação do engenheiro agrônomo. A demanda, entretanto, acompanha o crescimento contínuo do setor. “Em relação à engenharia como um todo, nosso mercado está crescendo há mais tempo”, defende o engenheiro-agrônomo e conselheiro federal do Confea.
Segundo Emílio Elias Mouchrek Filho, presidente da Sociedade Mineira de Engenheiros Agrônomos e coordenador da Câmara de Agronomia do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG), o profissional pode atuar no agronegócio e agroindústria propriamente dito, no ensino, na pesquisa, extensão rural, consultoria e assessoria, defesa sanitária e fiscalização, perícia e avaliação de imóveis rurais e na área ambiental. “Essa última, foi uma das áreas que mais abriram possibilidade para o engenheiro agrônomo no Brasil inteiro, nos últimos cinco anos”, diz Emílio.
Kléber Santos concorda sobre para onde cresce a profissão. As vastas extensões de terra e a abundância de recursos naturais que garantem ao Brasil papel de destaque na economia mundial é também o que está exigindo maior participação de agrônomos no processo. “Resultado da preocupação em conservar nossas florestas, hoje também é papel da agronomia conseguir produzir o máximo por unidade de área. Se aumenta a produção por unidade de área não temos que aumentar a fronteira agrícola. A questão ambiental é cada vez mais presente em nossa profissão. À medida que a economia cresce aumentam as preocupações ambientais e a demanda por profissionais preparados para lidar com esse impacto.”
Demanda
Em Minas Gerais, uma atividade em expansão é o reflorestamento de eucalipto para atender a indústria siderúrgica na Região Central do estado. O engenheiro agrônomo Fábio Milioreli Romeiro, de 62 anos, trabalha na área há 21 anos, atualmente na Siderúrgica Maravilhas (Simar). Segundo o especialista, uma lei da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, do ano passado, definiu que as empresas têm até 2018 para consumir apenas 10% de carvão nativo. Os outros 90% terão que, obrigatoriamente, vir de florestas plantadas. “As empresas estão investindo mais no plantio. A lei deu uma mexida no mercado e aumentou a demanda por engenheiro agrônomo ou florestal.”
O eucalipto é uma cultura como outra qualquer e precisa do acompanhamento direto do profissional. “Tem que investir. Não é como antigamente, quando plantavam as mudas e abandonavam o local. É uma cultura que requer cuidado, técnica e acompanhamento. Preparamos o solo, cuidamos da adubação e do combate às pragas. O fator limitante é o alto custo da matéria-prima e do investimento em área de floresta. Um hectare de eucalipto é muito caro.” Mas, para Fábio, apesar do carvão seguir a lei da oferta e da procura e existir uma crise do gusa, o mercado para o agrônomo está bastante razoável. “Vejo muito futuro para a turma que está formando agora.”