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Estado de Minas

Opep negocia informalmente produção de petróleo


postado em 08/03/2011 11:20

O ministro do petróleo do Kuwait, xeque Ahmed al-Abdullah al-Sabah, afirmou que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) estão envolvidos em conversas informais sobre a elevação da produção de petróleo, mas ainda não tomaram nenhuma decisão sobre ajuste na oferta.

As doze nações integrantes da Opep têm mantido até agora suas cotas de produção inalteradas, mesmo após protestos em áreas ricas em petróleo no Oriente Médio e Norte da África terem empurrado os preços da commodity para os níveis mais elevados desde o final de 2008. Um levante na Líbia, uma das nações que fazem parte da Opep, desencadeou preocupações sobre o abastecimento e o bloco produtor tem enfrentado crescente pressão para bombear mais petróleo para o mercado com o objetivo de atenuar os preços.

Alguns membros do grupo, que responde por cerca de 35% da produção mundial de petróleo, começaram negociações sobre o abastecimento, afirmou al-Sabah, nos bastidores do Parlamento do Kuwait nesta terça-feira.

"Nós estamos em consultas, mas ainda não decidimos qual direção seguir", disse o ministro, sem fornecer mais detalhes sobre as conversas e seus potenciais desdobramentos. Até o momento, o Kuwait tem respeitado os níveis de cota previamente acordados. "Nós não aumentamos", disse al-Sabah.

Os preços do petróleo WTI para abril oscilavam perto de US$ 104 por barril, nesta terça-feira, por volta das 9h45, na plataforma eletrônica da Nymex, abaixo do patamar do dia anterior, quando o barril chegou a ser negociado a US$ 107, nível que não era repetido desde 26 de setembro de 2008.

A Opep não tem encontro agendado antes do dia 8 de junho em Viena. Em repetidas ocasiões, membros do grupo dizem que a alta dos preços é incitada pelo temor do mercado, puxado por investidores de perfil especulativo, e não por escassez tangível da oferta.

Os estoques de petróleo em países desenvolvidos seguem elevados, mas as preocupações têm se focado na possibilidade de os protestos na Líbia se propagarem para outros grandes países produtores, principalmente para a Arábia Saudita.

Na segunda-feira, o ministro do Qatar, Mohammed bin Saleh al-Sada, disse que não havia falta de produção ou abastecimento no mercado global. "Os estoques estão em patamares saudáveis para o consumidor, portanto não há razão para apreensão", teria dito al-Sada, segundo a agência estatal de notícias do Qatar. Mas al-Sada acrescentou que a Opep monitora de perto a situação e está pronta para agir se for necessário.

A Líbia fica em cima da maior reserva provada de petróleo bruto convencional da África e produz cerca de 1,5 milhão de barris por dia. Mas a luta entre forças contrárias ao governo e grupos leais a Muamar Kadafi fizeram a produção do país cair à metade, de acordo com diversas estimativas.


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