A Bolsa de Nova York fechou nesta quinta-feira na maior baixa desde agosto, cedendo ao peso dos dados macroeconômicos ruins e da geopolítica inquietante. O Dow Jones perdeu 1,87% e o Nasdaq, 1,84%.
Segundo cifras definitivas, o Dow Jones Industrial Average perdeu 228,48 pontos, a 11.984,61 e o Nasdaq, 50,70, a 2.701,02 pontos. O índice ampliado Standard & Poor's 500 caiu 24,91 pontos (1,89%), a 1.295,11 pontos.
O Dow Jones, que não tinha visto uma queda tão forte desde 11 de agosto, fechou abaixo do piso psicológico dos 12.000 pontos pela primeira vez desde 31 de janeiro. Entre os 30 papéis que o compõem, apenas o McDonald's fechou em alta.
A queda do mercado ocorre apesar da baixa do preço do petróleo, cujo barril cedeu mais de 1,50 dólar em Nova York, abaixo dos 103 dólares. Mas desde a abertura do mercado, essa relativa boa notícia foi "ofuscada por vários indicadores decepcionantes", afirmaram os analistas da Charles Schwab.
Nos Estados Unidos, os novos pedidos de seguro-desemprego subiram mais de 4% na semana passada, e o déficit comercial aumentou fortemente em janeiro. A China, por sua vez, sofreu em fevereiro seu primeiro déficit comercial em 11 meses, particularmente devido a um modesto crescimento das exportações.
Na Europa, a agência Moody's baixou a nota soberana da Espanha, em um anúncio mal recebido na véspera de uma cúpula de dirigentes da zona do euro. O mercado de títulos públicos, refúgio dos investidores temerosos, subiu. O rendimento dos papéis do Tesouro de 10 anos caíram para 3,393% contra 3,469% na quarta-feira à noite, e os papéis de 30 anos, a 4,536% contra 4,599%.