As famílias norte-americanas conseguiram, por meio de uma combinação de poupança e calote nos empréstimos, reduzir o peso da dívida sobre seus orçamentos em 2010 ao menor nível em sete anos, colocando-as em uma posição mais vantajosa para começar a gastar mais. O endividamento total das famílias norte-americanas incluindo hipotecas e cartões de crédito, caiu pelo segundo ano consecutivo em 2010, atingindo US$ 13,4 trilhões, informou hoje o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).
O valor total de endividamento equivale a 116% da renda disponível, mas encontra-se abaixo do pico de 130% registrado em 2007 e é o menor nível desde o quatro trimestre de 2004, segundo o banco central norte-americano.
Com a ajuda da alta dos preços das ações, a redução das dívidas elevou o patrimônio líquido médio das famílias (ativo menos passivo) a US$ 505.000 no fim de 2010, 5,1% a mais do que no mesmo período do ano anterior.
A diminuição do peso da dívida sobre os orçamentos familiares deixa os consumidores norte-americanos - cujas compras representam aproximadamente um sexto da demanda global - mais próximos de um ponto no qual possam dar uma contribuição maior à recuperação da economia global. A economia mundial encontra-se no momento diante de novos obstáculos, como a elevação do preço das commodities e temores de que a situação possa prejudicar o crescimento dos países emergentes.