Uma missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) declarou nesta sexta-feira que o atual governo de Honduras está cumprindo com os acordos assinados com a instituição e que a economia do país continua se recuperando. O grupo concluiu hoje a primeira revisão, iniciada em 28 de fevereiro, d o desempenho do programa aprovado pelo Diretório Executivo do FMI em 1 de outubro de 2010, denominado acordo "Stand By", firmado pelo presidente Porfirio Lobo em agosto do ano passado. "A missão confirmou que todos os critérios quantitativos de desempenho pré-acordados para dezembro de 2010 foram cumpridos amplamente e que, mesmo assim, houve avanços significativos em reformas estruturais", indicou um comunicado dos técnicos do FMI.
Entre os critérios analisados está a fiscalização dos grandes contribuintes, a aplicação de mecanismos mais eficientes para a arrecadação, a maior proteção dos fundos de pensão e o controle dos gastos públicos. O grupo assinalou que, para este ano, a missão econômica e as autoridades hondurenhas conseguirão um entendimento geral sobre as políticas econômicas mais apropriadas para apoiar a recuperação da atividade econômica e reforçar a estabilidade do país. Os compromissos acordados deverão ser aprovados pela Gerência e pelo Diretório Executivo do FMI, que está prevista para o fim de abril. A economia de Honduras "continua se recuperando", segundo a missão, que "estima que o produto agregado cresceu em 2,8% durante o ano de 2010, enquanto a inflação anual alcançou 6,5%", que estava previsto, "apesar da alta nos preços dos alimentos e combustíveis e de choques de oferta relacionados com fatores climáticos". No entanto, o déficit da conta corrente no ano passado foi de US$ 955 milhões, ou 6,2$ do Produto Interno Bruto (PIB), que alcançou uma alta de 7% com relação ao ano anterior. Para o FMI, a política fiscal de Honduras está orientada para reduzir no médio prazo em 2% o déficit do setor público, que no ano passado foi de 2,9% do PIB.