(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Operadoras de telefonia móvel esquentam disputa com ofertas agressivas


postado em 12/03/2011 07:13

Com ofertas cada vez mais agressivas, o mercado de telecomunicações promete ficar ainda mais concorrido este ano. Além da entrada de um n ovo participante no segmento móvel, com o início das operações da Nextel, a TIM tenta retomar a segunda colocação no ranking nacional de usuários, perdida em setembro de 2008 para a Claro. Nos planos pré-pagos, essa superação já ocorreu. Com o Infinity-Pré, lançado em 2009, a empresa promoveu o conceito de tarifação por chamada e não por minutos falados. O resultado é um acúmulo, até janeiro deste ano, de mais de 2,5 milhões de linhas à frente da concorrente.

E a distância só cai. Em janeiro de 2010, a Claro, controlada pelo grupo do bilionário mexicano Carlos Slim, tinha folga de mais de 3,3 milhões de usuários, o que garantia uma participação de mercado de 25,57%, contra os 23,69% da operadora controlada pelo grupo Telecom Italia. Em um ano, a diferença se reduziu a 427 mil aparelhos e analistas apostam na inversão de posições até o fim deste mês. No mercado mineiro, a reviravolta da TIM também garante uma emocionante disputa pela segunda colocação, desta vez tendo como concorrente a operadora Oi (veja quadro).

Para o professor da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) especialista em telecomunicações, Arthur Barrionuevo, o aumento da base de clientes não é sinônimo de rentabilidade, o que justifica o estímulo cada vez maior ao consumo de serviços de valores adicionais, em especial a internet móvel, a partir da disseminação dos smartphones e tablets. Prova disso, é a oferta do Infinity Web da TIM com custo diário de R$ 0,50 para planos pré-pagos e a reação da Claro com o mesmo serviço reduzido à cobrança de R$ 0,39.

“Há oportunidade de ampliação da receita de outras formas que não apenas conquistando fatias de mercado. A oferta de tarifas reduzidas para quem trabalha dentro da própria rede, inclusive com ligação interurbana, é uma das maneiras”, pontua Barrionuevo. Diante deste cenário, o especialista pondera sobre até que ponto a Claro reagirá ao crescimento da TIM. “Se pegarmos o serviço de dados, a taxa de crescimento de celulares com tecnologia 3G na Claro é mais elevada e é este cliente e este serviço que trarão maior lucratividade”, avalia. Em janeiro, a Claro concentrava 43,3% dos acessos de aparelhos 3G; seguida pela Vivo (28,7%), TIM (24%) e Oi (3,8%).

Para a especialista em telecomunicações da Ativa Corretora, Luciana Leocádio, outra alternativa é a corrida pela oferta do modelo de serviço chamado de quadruple-play que já é adotado pela Oi. Além de telefonia móvel e fixa, os planos ainda agregam banda larga e TV por assinatura. “As empresas vão se voltar para a solução integrada de serviços. A Claro vai acabar fazendo ofertas com a Embratel e NET, e a Vivo com a Telesp”, prevê. Para ela, a entrada da Nextel terá poucos impactos na dinâmica de mercado.

Nesta briga de gigantes, quem sai ganhando é o consumidor que agora consegue fazer ligações interurbanas no celular pagando como local, algo impensado há alguns anos. Sem contar as diversas possibilidades de ligações gratuitas dentro da mesma rede. O barateamento do serviço possibilitou a inclusão de centenas de milhares de consumidores neste mercado, hoje com mais de um celular por habitante.

Classe C e 3G são bolas da vez


As operadoras reconhecem a crescente competitividade e confirmam que as oportunidades de expansão estão na oferta de serviços agregados aos planos de voz, especialmente para os milhões de usuários da classe C, que entram no mercado ávidos por consumo. “É um público no qual estamos focados, pois apresentam as mesmas necessidades de consumo das classes A e B”, afirma o gerente regional da Vivo em Minas Gerais, Carlos Cipriano.

Identificada por ele como um dos grandes motores do mercado brasileiro, a classe C também está na mira da TIM. “Este público ainda tem uma relação simplista com a tecnologia. É preciso estimular novas demandas de serviços”, avalia o diretor consumer da TIM no estado, Fernando Mota. “Já atingimos mais de uma linha por usuário. Agora temos que fazer mais negócios com os mesmos clientes.”

Para isso, as empresas não perdem de vista os investimentos em expansão da rede e melhoria na qualidade dos serviços, hoje entre os mais reclamados nos órgãos de defesa do consumidor. Líder tanto no mercado nacional como no mineiro, a Vivo pretende manter a estratégia de aumento de municípios cobertos pela tecnologia 3G, hoje em 150. “Vamos chegar a 500”, antecipa Cipriano. A conquista de clientes no segmento pós-pago, que também faz parte da atuação da empresa do Grupo Telefónica, é compartilhada pela Claro. Para o diretor regional da operadora em Minas Gerais, Ricardo Cesar de Oliveira, “é nesta faixa que há uma grande concentração de receita”. Já a Oi destaca a parceria firmada com a Portugal Telecom em 2010. “Permitirá ampliar a capacidade de investimento e de expansão nacional nos mercados de banda larga, TV por assinatura, 3G e serviços convergentes.”


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)