O terremoto seguido de tsunami ocorrido na sexta-feira no Japão deve reduzir drasticamente o crescimento econômico do país asiático ou provocar retração da economia durante um ou dois trimestres. Apesar disso, afirmam analistas, a economia do país deve começar a se recuperar nos últimos meses do ano por conta dos trabalhos de reconstrução.
A destruição provocada pelo tremor de terra de magnitude 9,0 sucedido por um maremoto é tão grande que os economistas em geral e o governo japonês ainda não conseguiram apresentar cálculos mais precisos referentes ao impacto econômico da catástrofe natural.
Com base em desastres ocorridos no passado, analistas antecipam que o impacto sobre a infraestrutura de exportação e a produção industrial derrubarão o produto interno bruto (PIB) nos segundo e terceiro trimestres deste ano. Já para o quatro trimestre de 2011, eles preveem que as ações de reconstrução contribuirão para a retomada econômica.
"Desastres naturais são imediatamente negativos para o crescimento, mas tendem a ser positivos no médio prazo", avalia Glenn Maguire, economista-chefe de Ásia-Pacífico do Société Générale.
Enquanto isso, o Banco do Japão reduziu de dois dias para um a reunião de política monetária prevista para a segunda-feira e prometeu dar liquidez ao mercado, mas não há expectativa de afrouxamento a não ser que o iene se valorize. De forma muito parecida com os Estados Unidos, o Japão emprega taxa de juro zero e aplica ações pouco convencionais de política monetária para estimular a economia do país.