O Japão terá de importar mais petróleo, mais combustíveis e mais gás natural para gerar energia elétrica e fazer frente à escassez provocada pelo desligamento de usinas nucleares depois do terremoto seguido de tsunami ocorrido na sexta-feira.
Analistas acreditam que a situação pressionará os preços globais desses produtos em um mercado já preocupado com a disponibilidade de suprimentos energéticos em meio a uma onda de revoltas populares que se espalha pelo Oriente Médio e pelo norte da África.
A catástrofe natural ocorrida no Japão elevou o custo do gás natural e de outros combustíveis empregados na geração de energia elétrica em meio à disseminação de notícias de desligamento de diversas usinas nucleares no país asiático. O Japão é o maior importador mundial de gás natural liquefeito (GNL), segundo a Agência de Informação de Energia dos Estados Unidos.
Quase um quarto da energia elétrica japonesa vem de usinas nucleares. Cerca de dois terços têm origem em fontes convencionais, como gás, petróleo e carvão.
Com base em desligamentos de reatores ocorridos no passado por conta de terremotos no Japão, as importações desses itens devem aumentar e a expectativa é de que o país recorra com mais intensidade aos mercados de GNL e petróleo. Os preços desses dois combustíveis subiam na sexta-feira antes mesmo que se soubesse de danos a reatores nucleares.