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Estado de Minas

China confia em controle da inflação, diz premiê


postado em 14/03/2011 12:04

O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, afirmou nesta segunda-feira que o país está confiante em um bem-sucedido gerenciamento das expectativas de inflação e dará continuidade à gradual reforma da taxa de câmbio. Em um discurso após o fim da sessão anual do Congresso Nacional do Povo da China, Wen atribuiu parcialmente a inflação no país a fatores internacionais, dizendo que a alta dos preços é um fenômeno global.

Em aparente referência aos Estados Unidos, Wen afirmou que "as políticas monetárias de afrouxamento quantitativo em alguns países" estão criando flutuações de grande escala nas taxas de câmbio globais e nos preços das commodities (matérias-primas). Ao ser questionado se a China permitirá uma

valorização mais rápida do yuan para combater a inflação, o premiê reiterou a posição do governo de que a reforma cambial será gradual.

"Nós precisamos manter em mente que esse tipo de valorização é gradual, porque tem relação com o emprego e com o que as companhias podem suportar", disse. "Nós precisamos manter a estabilidade social", acrescentou. Segundo o premiê, gerenciar as expectativas de inflação será especialmente difícil no primeiro semestre deste ano em razão da baixa base de comparação no mesmo período do ano passado. Dados do governo mostraram que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) chinês subiu 4,9% em fevereiro ante o mesmo mês do ano passado. Wen destacou que muitas economias emergentes têm inflação entre 8% e 10%, sugerindo que a taxa chinesa é relativamente baixa.

Sobre a questão imobiliária, Wen afirmou que o governo vai endurecer a supervisão das políticas de governos locais para o setor como parte dos esforços para controlar os preços altos. Os governos locais também terão de publicar suas respectivas políticas e metas com relação ao controle dos preços dos imóveis.

Ao fim da sessão legislativa anual, Wen disse que o país vai seguir adiante com a reforma política, juntamente com a reforma econômica, e alertou que a corrupção é o maior perigo que a nação enfrenta no momento. O premiê afirmou que as autoridades precisam criar condições para permitir que o público critique o governo e destacou que integridade e justiça são a base da estabilidade social.


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