A Bolsa de Tóquio entrou em queda livre nesta terça-feira depois que o primeiro ministro do Japão, Naoto Kan, alertou para o alto risco de níveis elevados de radiação com origem no reator da usina nuclear de Fukushima depois de outra explosão nuclear. O índice Nikkei 225 afundava 14,4% no pregão da tarde dessa segunda-feira e chegava à menor pontuação desde abril de 2009, com 8.257,56 pontos. Às 2h20 (de Brasília), o índice reduzia as perdas, para 11,7%.
O Banco do Japão (BOJ, banco central) ofereceu uma injeção adicional de 3 trilhões de ienes (US$ 36,73 bi) no mercado financeiro, ampliando os esforços de emergência para acalmar os investidores. Mais cedo, o banco já havia colocado á disposição do mercado outros 5 trilhões de ienes em fundos de mesmo dia, totalizando 8 trilhões de ienes (US$ 97,94 bi). Na segunda-feira o BOJ fez injeção recorde de 15 trilhões de ienes no mercado e duplicou seu programa de compra de ativos, de 5 trilhões para 10 trilhões de ienes.
As injeções de dinheiro e a desvalorização das ações na Bolsa de Tóquio empurraram para baixo a cotação do iene na segunda-feira, mas a moeda teimava em se apreciar nesta terça-feira. À 1h50 (de Brasília), o dólar era cotado a 81,57 ienes. A queda da Bolsa foi exacerbada pela notícia de uma incêndio no reator número 4 da usina nuclear de Fukushima Daiichi no nordeste do Japão, em meio aos relatos de que o nível de radiação havia disparado nas proximidades do reator 3. A Bolsa passou a se direcionar rapidamente para os 8 mil pontos no Nikkei.
Brasil inverso
Destoando do clima negativo visto nos principais mercados internacionais, o Ibovespa encerrou o pregão desta segunda-feira em alta de 0,73%, aos 67.169 pontos. O movimento do índice foi impulsionado pelo forte avanço auferido pelas siderúrgicas, enquanto lá fora as bolsas seguem avaliando os estragos econômicos oriundos do terremoto no Japão, que fizeram o BoJ (Bank of Japan) elevar seu programa de compra de ativos. O giro financeiro do dia foi de R$ 5,04 bilhões.
Após três sessões consecutivas em alta, o dólar comercial encerrou a segunda em queda de 0,24%, cotado a R$ 1,662 na venda. Com esta queda, o dólar acumula queda de 0,06% em março. No ano a desvalorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 0,25%.