Os preços do petróleo dispararam nesta quinta-feira em Nova York, impulsionados por novos atos de violência no mundo árabe e pelas operações realizadas pelas autoridades japonesas para evitar uma catástrofe nuclear.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de West Texas Intermediate (designação de "light sweet crude" negociado nos EUA) para entrega em abril fechou em 101,42 dólares, em alta de 3,44 dólares em relação ao fechamento de quarta-feira.
Os preços - que já tinham recuperado 80 centavos na quarta-feira - apagaram totalmente as perdas de terça-feira. "O mercado estuda o Oriente Médio, onde a situação não está resolvida, e a do Japão, muito de perto", constatou Jason Schenker, da Prestige Economics.
Mas "não se percebe realmente uma mudança importante na dinâmica do mercado que explique precisamente a evolução dos preços. Depois de vários dias de baixa nos mercados financeiros, (esta quinta-feira) é um dia de recuperação", afirmou. O balanço de mortos do terremoto seguido de Tsunami no Japão já supera os 5.000.
À espera de uma avaliação mais precisa do impacto da situação no Japão sobre o mercado petroleiro, os preços são impulsionados para cima pelas "revoltas no Oriente Médio e as potenciais interrupções da oferta" derivadas delas, completou o analista. No Bahrein, as autoridades continuam reprimindo a oposição, disparando contra os manifestantes e prendendo seus líderes.
Na Líbia, as forças de Muamar Kadhafi continuam nos últimos dias a reconquista do leste do país, às custas de combates mortíferos. O governo alertou contra toda operação militar estrangeira em seu território, ameaçando atacar o tráfico aéreo e marítimo civil ou militar no Mediterrâneo.