A presidente Dilma Rousseff cobrou hoje (19) "regras mais transparentes" em relação à Rodada Doha e "fluxos mais equilibrados tanto em termos quantitativos quanto qualitativos". Dilma fez a cobrança em discurso no Palácio Itamaraty, ao lado do presidente norte-americano, Barack Obama. A cobrança de Dilma é uma resposta aos apelos do empresariado nacional. Os empresários brasileiros reclamam das barreiras tarifárias impostas pelos Estados Unidos aos produtores do Brasil, principalmente no que refere ao aço, suco de laranja e à carne bovina. A presidente ressaltou que o Brasil vem apresentando "desenvolvimento sustentável com respeito ao meio ambiente", com sua matriz energética renovável, e está disposto a fazer uma parceria energética com os Estados Unidos tanto no pré-sal quanto em energias limpas. Em meio aos esforços para avançar na reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas de tal maneira que o Brasil consiga ocupar um assento permanente, Dilma destacou a posição pacífica do país. "Temos orgulho de viver em paz há mais de um século com todos os nossos dez vizinhos", afirmou. Ela ressaltou que o Brasil intensifica as parcerias desenvolvidas na África e no Oriente Médio e a participação para um acordo de paz entre israelenses e palestinos. A presidente reiterou as demandas do governo brasileiro antes do brinde que ofereceu em homenagem a Obama e sua família.