Os presidentes das maiores empresas do Brasil e dos Estados Unidos se reuniram neste sábado no Palácio Itamaraty e apresentaram aos presidentes norte-americano, Barack Obama, e Dilma Rousseff recomendações em quatro áreas: comércio e investimentos; educação; energia e ciência e tecnologia; e infraestrutura. Segundo o presidente da empresa Cummins e do Fórum de CEOs Brasil-EUA pelo lado norte-americano, Tim Solso, foram apontados itens específicos de cada área que podem melhorar a relação econômica entre os dois países. Na área de comércio, foi colocada a necessidade das reformas tarifária e alfandegária, além do sistema de vistos. "O tempo de espera para os brasileiros pegarem o visto para ir aos Estados Unidos é muito longo e gostaríamos de ver uma consideração do processo de não exigência do visto", afirmou. Na área de infraestrutura, Solso disse que os empresários pedem reformas no sistema de licitações públicas para que empresas norte-americanas tenham mais possibilidades de participar. Em educação, o pedido é que haja uma isenção para investimentos no setor. "Nós vemos a educação como uma responsabilidade cooperativa e queremos fazer mais do que já fazemos hoje", afirmou. Também foi incluída a recomendação de incremento da cooperação no desenvolvimento de energias limpas. O presidente do fórum pelo lado brasileiro e da Coteminas, Josué Gomes da Silva, disse que as recomendações foram "amplamente aceitas" pelos presidentes, que, antes mesmo de as receberem, fizeram discurso tocando nos principais pontos apresentados. "Isso significa que há uma sintonia entre os governos e os setores privados dos dois países no que precisa ser feito para alcançarmos uma integração econômica e comercial cada vez maior." Na avaliação do presidente da Coteminas e filho do ex-presidente José Alencar, os principais destaques levantados pelo fórum foram as áreas de ciência e tecnologia e educação. "O ponto de destaque em que eu acho que os dois países podem cooperar muito mais e trazer efeitos grandes para as nossas sociedades é ciência e tecnologia e educação". Ele disse que o Brasil é líder na produção de petróleo em águas profundas e que, com a cooperação tecnológica com empresas dos Estados Unidos, a exploração do pré-sal poderia ser feita num tempo menor. Desde que o fórum foi criado, em 2007, esta é a sexta vez que os empresários das principais empresas dos dois países se reuniram.