O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta segunda-feira que, por enquanto, os financiamentos da instituição para a construção das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, em
Rondônia, não serão interrompidos. Na última semana, protestos de trabalhadores no canteiro de obras da Usina de Jirau levaram à interrupção das obras.Na mesma semana, o consórcio responsável pela construção da Usina de Santo Antônio, no mesmo rio, resolveu paralisar as obras para evitar problemas semelhantes aos que ocorreram em Jirau. “O financiamento está normal. A crise lá nos preocupou muito, mas está sendo equacionada. Os projetos estavam correndo dentro do cronograma, inclusive aceleradamente. O que aconteceu foi um problema de insatisfação não específica – não parece haver uma motivação política, com os trabalhadores – que espero seja equacionado em curtíssimo prazo. Uma interrupção só acontecerá se essa crise se prolongar por meses. Não acredito que isso aconteça”, disse Coutinho.
Os protestos dos trabalhadores na Usina Hidrelétrica de Jirau tiveram início na última terça-feira, após uma briga entre um motorista de ônibus e um dos operários. Veículos e alojamentos foram incendiados e instalações do canteiro de obras foram depredadas. As obras de Jirau contam com um financiamento de R$ 7,2 bilhões do BNDES. O financiamento do banco para a Usina de Santo Antônio chega a R$ 6,1 bilhões. A previsão é que já tenham sido liberados R$ 950 milhões.