O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, afirmou hoje que a presidente Dilma Rousseff deixou claro ao presidente dos EUA, Barack Obama, que o Brasil quer ser parceiro direto dos Estados Unidos e que "o Brasil quer uma relação adulta com os EUA".
Pimentel contou que esteve no encontro reservado de Dilma com Obama, em Brasília, e lembrou que ele deveria durar 30 minutos, mas levou 1 hora e meia, tamanho era o interesse das duas partes em dialogar. Segundo ele, Dilma afirmou a Obama que o Brasil não quer ser mais tratado como nação de segunda classe.
"A presidente disse a Obama que o Brasil não precisa mais ter uma relação triangular com os EUA, via China", comentou. Segundo o ministro, Dilma destacou que matérias-primas, como minério de ferro, são exportadas do Brasil para a China e lá viram mercadorias que são embarcadas para o mundo, especialmente para os EUA.
De acordo com Pimentel, Obama recebeu bem os argumentos da presidente Dilma Rousseff. Segundo o ministro, a visita do presidente Obama ao Brasil foi um grande passo para que as relações Brasil-EUA avancem na direção que o Brasil deseja.
Custo Brasil
O ministro Fernando Pimentel, afirmou que é prioritário para a presidente Dilma Rousseff a forte redução do custo Brasil. "A presidente Dilma tem quase obsessão pela desoneração da folha de pagamento", comentou, em evento para empresários. "Essa mudança é necessária e medidas nessa direção deverão ser adotadas ainda neste primeiro semestre", disse o ministro.
"Não queria estar na pele do executivo que vai assumir esse secretaria. O abacaxi será muito grande e ele terá uma chefe bem exigente, que cobrará muitos resultados", afirmou. Um dos nomes mais cotados para assumir o cargo é o ex-presidente do Banco do Brasil e atual presidente do Banco Safra, Rossano Maranhão.
Pré-sal
Durante evento com cerca de 300 empresários, em São Paulo, o ministro do Desenvolvimento afirmou que as reservas de petróleo do pré-sal vão ajudar de forma significativa o Brasil a dar "um salto estrutural em seu desenvolvimento" pelo menos nos próximos 50 anos.
Segundo ele, se esses recursos naturais forem bem utilizados, como todos os brasileiros querem, o País terá condições de exportar o produto que será a principal fonte de energia das próximas cinco décadas.