O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Gary Locke, criticou nesta segunda-feira a burocracia e a falta de transparência do ambiente de negócios brasileiro. Locke disse, em discurso para empresários, que esses dois problemas precisam ser superados para que Brasil e EUA consigam manter relações econômicas mais relevantes. “Para colocarmos nossa relação em um outro nível e para o Brasil atrair mais investimentos de empresas americanas, esperamos que o governo brasileiro mantenha seus esforços para criar um ambiente de negócios com mais transparência e com um sistema regulatório consistente”, afirmou Locke, em palestra na Câmara Americana de Comércio Brasil-Estados Unidos (Amcham).
Segundo ele, a complexidade de normas e da tributação no Brasil ainda são um obstáculo a empresas estrangeiras. Locke afirmou que essas empresas pagam impostos mais altos, levam mais tempo para obter licenças e têm dificuldades alfandegárias.
Locke disse, entretanto, que a solução desses problemas está avançando. Da mesma forma, estão caminhando as negociações sobre o fim dos subsídios agrícolas americanos e as parcerias entre Brasil e EUA em projetos de energia renovável e infraestrutura.
De acordo com Locke, os americanos podem, e querem, colaborar com o Brasil em seu desenvolvimento e na preparação para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, "com mais investimento, mais empregos e maior desenvolvimento para os dois países”.