As obras nas usinas hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira (RO), continuam paradas por causa de protestos de trabalhadores que começaram na semana passada. Em Jirau, elas só devem ser retomadas depois que a segurança for totalmente restabelecida.
Segundo a assessoria da construtora Camargo Corrêa, dos 8 mil funcionários da obra, hoje apenas 80 permanecem no local. Os demais foram dispensados temporariamente pela empresa, mas continuam recebendo salário e têm o emprego garantido quando a obra for retomada. A empreiteira assegurou também que pagou o transporte dos trabalhadores que quiseram voltar às cidades de origem.
O sindicato dos trabalhadores da Usina Santo Antônio vai realizar uma assembleia nesta quarta-feira para definir uma pauta de negociações com o Consórcio Construtor Santo Antônio, responsável pela obra. Segundo a assessoria da empresa, os empregados convocados para retornar às atividades na usina compareceram nesta terça ao canteiro de obras, mas em reunião as lideranças optaram por retornar aos trabalhos após a assembleia categoria.
As obras na Usina Jirau foram interrompidas por causa dos protestos dos trabalhadores, que resultaram na depredação do canteiro de obras e incêndio de alojamentos. Por medidas de segurança, as obras na Usina Santo Antônio, que fica a cerca de 120 quilômetros (km), também foram paralisadas.