O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 17,2 bilhões em empréstimos nos dois primeiros meses deste ano, informou nesta quinta-feira a instituição. A soma dos desembolsos no primeiro bimestre representou uma alta de 7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Em janeiro, o BNDES liberou R$ 8,3 bilhões. Em fevereiro, R$ 8,9 bilhões.
O volume de desembolsos do BNDES acumulado nos doze meses anteriores a fevereiro alcançou R$ 169,6 bilhões, ligeiramente superior ao patamar de R$ 168,4 bilhões emprestados pelo banco em 2010. O resultado tem forte influência da operação de capitalização da Petrobras, em que o BNDES aumentou a sua participação acionária na estatal com recursos emprestados pelo Tesouro.
Em nota, o BNDES aponta que, descontada a operação, o nível das liberações indicam estabilidade no desempenho do banco nos últimos doze meses.
O crescimento de 7% nos desembolsos do BNDES no primeiro bimestre de 2011 manteve a forte influência do Programa de Sustentação do Investimento (PSI) no desempenho do banco estatal. O programa, que financia bens de capital, inovação e exportação com juros subsidiados e sofrerá reajuste nas taxas a partir de abril, puxou os desembolsos para micro, pequenas e médias empresas, que subiram 18% em relação ao mesmo período de 2010.
O segmento respondeu por 45% do total de desembolsos do BNDES no início deste ano, recorde no histórico do banco, ficando com R$ 7,7 bilhões em crédito nos dois primeiros meses do ano. Já as liberações para grandes empresas ficaram praticamente estáveis, somando R$ 9,5 bilhões entre janeiro e fevereiro.
Para o BNDES, os números refletem a prioridade do banco de ampliar o acesso ao crédito de pequenos empreendedores. Um dos principais instrumentos da política é o Cartão BNDES, que registrou 65 mil operações no início deste ano.