Bovespa contraria mercado externo e recua puxado pelas ações da Vale

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou a quinta-feira em baixa, no sentido oposto dos mercados externos. A queda foi puxada principalmente pela especulação da saída de Roger Agnelli da presidência da Vale, que fez os papéis da empresa despencarem pelo segundo diz consecutivo. O índice Bovespa recuou 0,39%, aos 67.532 pontos. O volume de negócios foi de R$ 5,08 bilhões, montante que movimentou mais de 443 mil negócios.

O dólar comercial também fechou o dia em queda de 0,18%, cotado a R$ 1,658. Esse é o quinto dia de recuo da cotação da moeda americana frente ao real. Desde a semana passada, a taxa cambial já perdeu 1,66%; no mês, a baixa é de 0,30%; e, no ano, a divisa já perdeu 0,48%. A taxa risco do Brasil ficou em 171 pontos.

EUA

A Bolsa de Nova York fechou em alta nesta quinta-feira, dinamizada por bons resultados financeiros de empresas do setor tecnológico. O Dow Jones subiu 0,70% e o Nasdaq, 1,41%. Assim como na quarta-feira, a alta dos índices de ações nova-iorquinos ocorreu em um contexto internacional difícil: "crise da dívida na zona do euro, ameaça nuclear no Japão, novos ataques aéreos na Líbia", citaram analistas da Charles Schwab.

Mas "a situação econômica melhorava antes da crise líbia e no Japão, e a economia mostra sinais de um crescimento bastante bom", estimou Owen Fitzpatrick, do Deutsche Bank. O setor tecnológico liderou o mercado depois da publicação de resultados financeiros trimestrais que superaram as previsões, da fabricante de semicondutores Micron (+8,39%, a 11,50 dólares), e do editor de softwares livres Red Hat (+18,24%, a 47,26 dólares).