(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Cobrança de IOF busca reduzir entrada de dólar, diz Mantega


postado em 29/03/2011 14:06

A cobrança de 6% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre a tomada de empréstimos internacionais por bancos e empresas com prazos inferiores a 360 dias foi tomada para conter os ingressos de recursos no País, que aumentaram 140% nessa modalidade no primeiro trimestre deste ano. A informação foi dada nesta terça pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, até o dia 25 de março, essas operações já totalizavam US$ 26,6 bilhões.

“Nesse período, é uma quantia muito elevada. Há um aumento líquido de 215% no caso dos bancos e de 60% nas empresas”, disse Mantega, que lembrou que outros US$ 12 bilhões entraram no País nesse período com a rubrica de Investimento Estrangeiro Direto (IED). “A medida tem objetivo de diminuir o ingresso de dólares, que está muito forte e prejudica o câmbio, prejudicando exportadores e a produção de manufaturados”, frisou.

Mantega avaliou que o forte movimento de tomada de recursos no exterior tem ocorrido porque as taxas de juros cobradas lá fora são bastante inferiores às praticadas no Brasil. “A nossa preocupação é com a arbitragem que tem sido feita com esses recursos, ou seja, os tomadores pegam empréstimos com juros baratos fora do País e aplicam aqui dentro, ganhando com essa diferença”, acrescentou.

O ministro garantiu que a medida não vai prejudicar empresas que estão tomando recursos no exterior a médio e longo prazos para investimentos. “Essas não vão especular. Agora, aquelas que estão fazendo empréstimos em curto prazo não estão fazendo investimento”, completou.

Outra razão para a medida, considerada prudencial pelo ministro, será atenuar o endividamento das empresas brasileiras e dos bancos no exterior. Segundo Mantega, o aumento da exposição nessas operações é arriscado. “As condições atualmente são atraentes, mas os juros lá fora vão subir também. Além disso, se houver desvalorização do real, as empresas terão que pagar mais, a conta ficará salgada”, alertou.

Uma terceira razão, destacou Mantega, se deve ao fato de parte dos recursos ser destinada ao mercado de crédito no Brasil. “Nesse momento estamos restringindo o crédito para reduzir a atividade econômica e conter a inflação”, afirmou. O ministro disse que o crédito deu uma desacelerada no primeiro trimestre deste ano, com uma expansão menor que a verificada no mesmo período de 2010. “O ideal seria uma expansão entre 12% e 15% - e não entre 20% e 22%. Portanto, o governo continuará tomando medidas para que crédito fique no patamar ideal”, concluiu.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)