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Estado de Minas

França e EUA pressionam China por taxas de câmbio mais flexíveis


postado em 31/03/2011 09:54 / atualizado em 31/03/2011 10:00

França e Estados Unidos defenderam nesta quinta-feira, em uma reunião de ministros das Finanças do G20 em Nankin (leste da China), a adoção de taxas de câmbio mais flexíveis e uma maior coordenação contra a volatilidade dos mercados.

Ao inaugurar o seminário promovido pela presidência francesa do G20, o chefe de Estado Nicolas Sarkozy apresentou as grandes linhas da reforma que quer deseja impulsionar no sistema monetário mundial, que inclui um papel mais importante e maiores meios de intervenção para o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Nesse contexto, Sarkozy propôs incluir o iuane chinês na cesta dos direitos especiais de giro (DEG), criada em 1969 para servir de ativo de reserva internacional para o FMI e composta atualmente de quatro moedas (dólar, euro, libra e o iene).

O presidente francês não precisou se a convertibilidade do iuane, que a China diz querer colocar em prática, apesar de se negar a apresentar um calendário, é uma condição prévia à ampliação da cesta DEG.

Por sua parte, o secretário americano do Tesouro, Timothy Geithner, pediu maior flexibilidade nas taxas de câmbio para combater as tensões provocadas pela "assimetria" das políticas de cada país. "A assimetria das políticas de câmbio gerou muita tensão e este é o maior problema a resolver no sistema monetário internacional de hoje", declarou Geithner.

Para se enfrentar as rápidas evoluções econômicas no mundo, os países devem promover "políticas flexíveis de taxas de câmbio (...) para absorver melhor os golpes", disse Geithner em seu discurso. "As diferenças mais importantes no sistema atual são as debilidades e a falta de consistência entre o enfoque das taxas de câmbio e o controle de capitais".

Geithner não citou diretamente a China, anfitriã do seminário que reúne os ministros das Finanças, governadores de Bancos Centrais e economistas reconhecidos. O secretário do Tesouro admitiu que a maioria dos países emergentes importantes tem políticas "amplamente flexíveis", mas outros "têm políticas muito controladas, com amplo domínio dos capitais", em evidente referência à China.

Presente na reunião, o vice-primeiro-ministro chinês Wang Qishan enfatizou que seu país vai "trabalhar com o resto" da comunidade mundial "para garantir que a ordem econômica internacional evolua para uma maior justiça e equidade, para um sistema no qual todos ganhem".

Para a China, a principal fonte dos desequilíbrios mundiais reside na política monetária muito acomodada dos Estados Unidos, que mantêm taxas de juros muito baixas e provoca assim o fluxo de capitais para os países emergentes.


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