Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e da construtora Odebrecht discutiram nesta quinta-feira propostas para serem levadas à assembleia dos trabalhadores da Usina Hidrelétrica Santo Antônio, em Rondônia. Os operários estão parados há duas semanas, por causa da onda de protestos que começou no canteiro de obras da Hidrelétrica Jirau, também no Rio Madeira.
A expectativa, segundo o presidente da CUT, Arthur Henrique, é que os trabalhadores aceitem o que foi discutido hoje entre sindicalistas e empresários e encerrem a paralisação. “Em Santo Antônio, a expectativa é no sentido de que é possível retomar a obra”, disse. A data da assembleia ainda não está definida e pode ocorrer amanhã ou na próxima segunda-feira.
Sindicalistas e empreiteira acertaram a antecipação do reajuste salarial de 5% para o mês de abril e o aumento do valor da cesta básica de R$ 100 pra R$ 132. O reajuste definitivo dos salário e da cesta básica seria discutido posteriormente na data-base, em maio. A Justiça do Trabalho decidiu multar o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Rondônia (Sticcero) em R$ 200 mil por dia, caso os operários não voltem ao trabalho.
Na tarde de hoje a empresa Camargo Corrêa, responsável pelas obras da Usina Jirau, também deve se reunir com sindicalistas, em Rondônia, para tratar da situação no canteiro de obras, destruído pelos operários em um violento protesto contra as condições de trabalho e de transporte. Santo Antônio e Jirau são duas das maiores obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em andamento no país.