As empresas do grupo Eletrobras poderão pegar, individualmente, R$ 20,3 bilhões a mais emprestados do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Conselho Monetário Nacional (CMN) autorizou nesta quinta-feira que o banco empreste até 25% do patrimônio de referência – atualmente em R$ 81,3 bilhões – para cada empresa do setor em caráter individual.
Atualmente, o limite de 25% vale para a soma de todas as empresas de um mesmo conglomerado, mas o CMN abriu exceção para a Eletrobras. Na prática, o conselho estendeu ao setor elétrico o tratamento diferenciado a que a Petrobras é submetida desde outubro de 2008.
Segundo o diretor de Liquidações e Controle de Operações de Crédito Rural do Banco Central, Sidnei Corrêa Marques, a necessidade de ampliar os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) motivou a medida. Ele, no entanto, negou que a ampliação do crédito possa trazer risco para o BNDES. “O banco continua a cumprir as regras de gestão do crédito, sem comprometer a capacidade de pagamento”, afirmou.